Pouquíssimos são os médicos que podem se vangloriar de um percurso tão marcante em Sergipe, como é o ilustre caso de Carlos Wagner Bravo de Oliveira. Homem de ampla visão social, dotado por convicções que lhe asseguram exercer a medicina altruística – colocando a saúde da população acima de tudo, o que ratifica o seu sonho de sempre ter exercido a função médica por sacerdotal vocação, isto é, por afeição irrestrita à medicina.
A partir das diversas incursões de pesquisa com cunho histórico-sociológico acerca do exercício dos pioneiros da medicina empresarial em Sergipe, jamais se deve olvidar do reluzente nome: Carlos Wagner Bravo de Oliveira. Médico por vocação, o renomado ginecologista, obstetra e, sobretudo, pujante empreendedor no que concerne a ambiência da saúde particular no fascinante Estado de Sergipe, faz história que merece ser registrada pela sua sensibilizada visão de mundo, de aguerrida trajetória e das metas de Wagner que engrandecem Sergipe. De personalidade afável, leva a sua vida com relativa tranquilidade, mas não nos deixemos enganar, Wagner Oliveira sempre soube onde queria chegar pautado na ilibada conduta e honestidade dos seus ideais.
Podemos afirmar que sua bússola existencial reside no fato de se nortear pela humanitária percepção social aliada a espiritualidade que lhe enleva a uma adequada postura cívica sem precedentes. Ao nos debruçar sobre a sua jocosa infância, veremos que os seus dedicados pais, Edinaldo Gomes de Oliveira e D. Janice Bravo de Oliveira, sempre destilaram nele a empatia alheia; fazendo com que o filho tivesse essa preocupação com o bem estar do outro – a deferência e a compreensão são palavras de ordem em seu dia-a-dia.
Wagner segue sem esmorecer com aparência jovial. Sua carreira formidável nos exemplifica o alinhamento exitoso com quê conciliou habilmente a função de médico e, nomeadamente, a de empreendedor na área da saúde sergipana, que fica estampada pelo emblemático Hospital Primavera. Esta rede de empreendedorismo médico resultou da sua incansável dedicação durante quase 40 anos em que esteve à frente da rede de Clínicas Diagnose e Policlin, distribuídas até então em seis unidades entre Aracaju e Itabaiana.
O inicial ramo de Wagner na atividade médico-empresarial se principiou na lancinante atividade de análises de laboratório do Estado de Sergipe. Desde o seu começo profissional, ele consagra todo o seu tempo nas questões voltadas à saúde, negócios e área tecnológica para se aperfeiçoar cada vez mais no que faz. Em seus mais de 10 anos de fundação, faz-se proeminente que frisemos: o Hospital Primavera impetrou a proeza de se tornar um paradigma no que concerne à oferta de soluções médicas na ambiência particular do Estado.
Para entender todo esse bem-sucedido percurso, devemos voltar nossa atenção para as suas modestas origens na cidade de Propriá – é de lá também grandes nomes, como é o caso do nosso também ilustre sergipano Carlos Ayres Britto, ex-ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, este inclusive, um velho amigo de infância de Wagner, moravam na mesma Rua Serapião Aguiar, em residências que quase se confrontavam. Carlos Wagner Bravo de Oliveira, conhecido afetuosamente, como Wagner Oliveira, nasceu nessa referida histórica cidade num dia 24 de março de 1951.
Seus pais provinham de uma classe média rural. Seu pai, em específico, era aguerrido produtor de arroz e sua mãe, D. Janice Bravo de Oliveira, a exímia governanta do lar, ambos já faleceram, mas deixaram um perpétuo legado na educação e modo exemplar de ser do filho Wagner e das suas outras quatro irmãs: Kátia, Marilda, Ciene, que seguiu os passos do amimado irmão na medicina, e Ilka sendo ele então o primogênito.
No auge dos seus 17 anos de idade, aconteceu uma das coisas mais marcantes em sua vida: seu ingresso na mítica Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Sergipe, no ano de 1969. Seis anos ulteriores, com 23 anos, já havia se formado médico, em 1974. Contando com o fundamental apoio familiar até então, teve que custear a própria formação e adquiriu a sua subsistência a partir dos seus 18 anos de idade. Seu começo é marcado pelo exercício da atividade médica na área privada, como ávido ginecologista, e no ambulatório médico vinculado ao Ipes, Sindipetro e do Sesi.
A partir daí, alguns feitos do seu percurso podem ser realçados com a devida altanaria: foi vanguardista na implantação da primeira ressonância magnética no Estado de Sergipe, bem como na rede de clínicas. Contando 33 anos de idade, no ano de 1984, já tendo finalizado a sua residência médica em obstetrícia e ginecologia e atuando corajosamente em múltiplas frentes no mercado, fundou então a primeira Diagnose. Desse tempo, nunca mais parou – segundo estimativas, Wagner Oliveira fulgura entre os dez maiores geradores de empregos particulares de Sergipe.
Essa questão só evidencia o quanto Wagner Oliveira é um empreendedor inquieto, o Hospital Primavera é fruto disso, atendendo àquilo que planejou por muitos anos. A vangloriada entidade hospitalar foi inaugurada num dia 12 de outubro de 2008, data esta escolhida para homenagear a própria classe médica da qual faz parte. A atividade hospitalar reflete o espírito irrequieto de Wagner, pois requer constantes investimentos, quer sejam de ordem direta e/ou indireta. No começo, passou por enormes dificuldades, mas por meio da sua irrefreável vontade de concretizar, e, sobejamente, através do apoio imprescindível da sua amada esposa Ana Cecília, conseguiu estabelecer tempos de estabilidade e maior abrangência assistencial.
Aracaju está, indubitavelmente, bem representada na esfera da medicina privada com antológicos Hospitais a exemplos do próprio Hospital Primavera e do São Lucas. São Instituições de referência que atendem suficientemente as demandas hodiernas de Sergipe, não existindo estorvos de acesso nem a especializações assistenciais na esfera hospitalar. Ambos entregam à sociedade sergipana a prática médica do mais alto padrão, repleta de investimentos contínuos na modernização e aperfeiçoamento.
Wagner Oliveira é daqueles empreendedores da medicina que olham para o possível e lutam pela concretização do impossível. Dito isto, percebemos na sua história que é um profissional da medicina exercida por etérea propensão – com apreço inestimável pelo empreendedorismo na área da saúde. Essas qualidades foram sendo edificadas desde os seus primeiros passos como ginecologista e obstetra. Na sua graduação, por exemplo, pôde estar ao lado de grandes vultos da medicina sergipana, principalmente durante os três primeiros tempos de faculdade, cujos exemplos podemos elencar: Dr. Francisco José Plácido Tavares de Bragança, o mítico cirurgião e pai do urologista respeitado Dr. Ricardo Bragança.
No decorrer do curso universitário, ao optar pelas especialidades ginecologia e obstetrícia, foi acolhido por ninguém menos que Dr. Hugo Gurgel, o eminente fundador das históricas Clínicas e Maternidades Santa Lúcia (hoje, Hospital do Coração) e Santa Helena, e um dos principais responsáveis pela ígnea Sociedade Médica de Sergipe – genuínos patrimônios da sociedade sergipana. Em Dr. Hugo Gurgel, Wagner de Oliveira enxergava o seu maior referencial, brilhante profissional e modelar conselheiro, viu-se nele a sua maior motivação para persistir e abraçar com paixão torrencial as especialidades pelas quais escolheu.
Ao término do seu curso médico no ano de 1974, Wagner então foi aprovado na Residência Médica no Hospital Antônio Pedro, localizado na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, pertencente à Universidade Federal Fluminense. Permaneceu lá por dois anos, cuja bagagem dessas experiências o ajudou sobremaneira em seu início de caminhada na seara profissional quando regressou para Aracaju, o que minou as suas principais inseguranças tão comuns quando se ingressa no mercado de trabalho.
E foi justamente quando volta a Aracaju, que recebeu convite do Dr. Albano Franco para trabalhar junto ao Ambulatório Médico do SESI, em substituição ao Dr. Reginaldo Silva, que era seu cunhado e então fundador do Hospital Renascença; o mesmo estava se mudando para Ribeirão Preto, no Estado de São Paulo, para realizar mestrado e doutorado em ginecologia e obstetrícia.
Formado há 45 anos, Wagner Oliveira há mais de 20 anos deixou o exercício da medicina clínica ou assistencial, para se dedicar a outra especialidade médico-empresarial: edificação, implantação e gestão de edifícios voltados à prestação de serviços na ambiência da saúde. Afinal, não podemos esquecer: Wagner participou ativamente do planejamento, da construção e das fundações de todas as Clínicas Diagnose, Policlin e, por fim, do Hospital Primavera. Sua atividade cotidiana desde então é voltada a diálogos e altercações com médicos, quando não com diversos profissionais da saúde, o que lhe garante ter uma visão muito acurada e atualizada da atividade médica.
Logo após 10 anos da sua formatura, no ano de 1984, Wagner Oliveira funda a primeira Diagnose, instituição pioneira como clínica e laboratório de análises clínicas no Estado de Sergipe. Deixa o bisturi de lado para entrar de vez no mundo do empreendedorismo médico – com sua tradicional assinatura vanguardista. Antes disso, já em 1981, Wagner trouxe o primeiro ultrassom para terras sergipanas e três anos depois, em 1984, fundou a primeira Clínica Diagnose, que já trazia em seu bojo um diferenciado padrão de assistência ambulatorial para o mercado local.
Nesta efervescente época, Wagner possuía dois empregos e, além da atividade em consultório particular, atendia na Clínica Santa Helena. A partir da chegada do aparelho de ultrassom, somou-se então a estas tantas atribuladas tarefas a realização destes exames, cuja demanda só recrudescia. Foi nesse derradeiro momento que Wagner teve que optar: escolheu de maneira inicial, em continuar realizando o exame de ultrassonografia e administrar a Clínica Diagnose. Ulteriormente, com seu lancinante envolvimento com a gestão clínica, se fez imperativo suspender também a atividade enquanto ultrassonografista, voltando-se exclusivamente aos cuidados com a sua gestão médico-empresarial, o que incluía projetos de ampliação.
Nos tempos atuais, são duas as unidades Diagnose – localizada na Rua Campos e Av. Barão de Maruim. E são três as unidades Policlin – Augusto Franco, Siqueira Campos e cidade de Itabaiana -, além da Clínica Primavera Alameda das Árvores, o que perfaz um total de seis unidades. Esse exitoso percurso de Wagner Oliveira se deve, sobretudo, aos seus pais, Seu Edinaldo e Dona Janice que foram maravilhosos na sua educação. Seres humanos exemplares em tudo que fizeram, impecáveis quanto à orientação dos filhos – seu pai, por exemplo, possuía uma visão de mundo que enxergava o social e era dotada por uma grande percepção caritativa. Sempre influiu nos filhos o apreço pela educação, para terem uma graduação universitária, de trabalhar duro e poder constituir família com dignidade e tranquilidade quando se achegasse os invernos da vida.
Wagner Oliveira carrega consigo as preciosas lições que seus pais escreveram, por meio dos conselhos, condutas e gestos que marcou a obra da sua vivência. Sábio, procura justamente transferir este enorme patrimônio que herdou para os seus cinco amados filhos. Devemos mencionar que Wagner também estabelece uma relação agradável com seus admiráveis sogros, Luciano Franco Barreto e D. Maria Celi Teixeira Barreto. Seu respeito para com eles advém do desempenho deles acerca dos indispensáveis papeis que assumem no contexto da harmoniosa consonância familiar.
Falando em ambiência familiar, Wagner Oliveira contraiu belo matrimônio com sua dedicada esposa, a empresária Ana Cecília Teixeira Barreto de Oliveira e, que resultou em três dos seus cinco filhos: Luciano Franco Barreto Neto, Carlos Wagner Bravo de Oliveira Júnior e Ana Celi Teixeira Barreto de Oliveira. Além disso, os outros dois provenientes do seu primeiro casamento são: Luiz de Santana Neto e Glenda Santana de Oliveira Barreto, não havendo hiatos de qualquer precedência. Sua esposa, Ana Cecília, é uma das aprazíveis filhas do admirado empresário Luciano Franco Barreto; ela é hábil administradora, exercendo dinâmica atuação como vice-presidente da Construtora Celi. Junto com o seu filho mais velho, Luciano Neto, discutem bastante acerca dos rumos da Construtora, principalmente sobre posicionamentos estratégicos da Celi no mercado. Além disso, Wagner já é sete vezes amável avô.
Podemos afirmar, sem dúvida alguma, que Wagner Oliveira então desde a sua álacre infância, orientado pelos seus reverenciáveis pais, se orienta e aprendeu a permear os seus projetos e as suas atitudes na preocupação com o ‘outro’. Dotado por atitudes humanizadas e que expressam sua verve espiritualizada – sua vida se torna melhor tornando a dos outros melhor e isso é algo que define o exercício empresarial da medicina quando analisamos a profícua trajetória de Wagner Oliveira e suas manifestas contribuições para o formidável desenvolvimento do Estado de Sergipe.
Por fim, Wagner Oliveira e sua História de Amor absoluto aos sergipanos se materializam pela existência do Hospital Primavera que é marco significativo de determinação, resiliência e sacerdotal altruísmo pela medicina que fez dele um vocacionado prestador de serviços essenciais à comunidade sergipana que o louva e lhe é grata, principalmente nesses sinuosos tempos de pandemia onde mais uma vez deu exemplo no impecável tratamento fornecido pela prestativa equipe que o compunha. Sergipe tem o antes e depois da fundação do Hospital Primavera no quesito Desenvolvimento econômico, monumental obra de incondicional amor pelo exercício médico Humanista, avulte-se com ‘H’ robusto, bem como é toda a imponente trajetória de Carlos Wagner Bravo de Oliveira.
(*) Artigo escrito por Igor Salmeron, Sociólogo – Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal de Sergipe, faz parte do Laboratório de Estudos do Poder e da Política (LEPP-UFS). Colunista do Jornal Correio de Sergipe. Membro vinculado à Academia Literocultural de Sergipe (ALCS) e ao Movimento Cultural Antônio Garcia Filho da Academia Sergipana de Letras (MAC/ASL). E-mail para contato: igorsalmeron_1993@hotmail.com