Velocidade, autonomia e personalização de serviços. Os hábitos dos consumidores atuais, que valorizam mais a experiência à necessidade de consumo, começam a ser refletidos no modelo de negócios do mercado segurador brasileiro. Depois de operar durante anos no mesmo formato de repasse, o setor passa por uma onda de modernização.
Com esta visão, o Comitê de Seguros da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico está focado em promover o avanço desse mercado e tem o objetivo de desmaterializar as relações comerciais no setor e proporcionar o acesso aos consumidores online. Periodicamente, o comitê se reúne em busca de novas alternativas e expansão do mercado. Atualmente, o grupo está atuando em três principais frentes: Aperfeiçoamento do Marco Civil da internet; Desenvolvimento do setor de Seguros Digital; e Aprimoramento de Conjunto Normativo.
O mercado está preparado para a mudança, porém a entrada de novos players de seguros tem levantado algumas polêmicas a respeito da legalidade da venda direta e 100% online. Para alguns grupos o e-commerce de seguros é considerado ilegal ou irregular, por não existir mais o corretor de seguros como intermediário.
No Brasil, a Lei 4594/1964 – Art. 18, afirma que as seguradoras podem receber as propostas de seguros diretamente do proponente ou até por um representante legal (um procurador, por exemplo). Ou seja, não há irregularidade em uma venda de seguros ocorrer sem intermediação. Isso já ocorre no caso dos Bancassurances, em que a venda é feita pelo gerente bancário.No mercado internacional a venda de seguros por canal online já está consolidada.
Na Inglaterra, mais de 50% dos seguros são vendidos pela internet. O World Insurance Report de 2016, da Capgemini, destaca que as empresas de tecnologia veem o mercado segurador como uma área pronta para a inovação, e as seguradoras precisam ficar a par dos desenvolvimentos em tecnologia.
O Brasil está iniciando sua ascensão no mercado segurador online, determinando um momento de ida sem volta. Ainda de acordo com o relatório da Capgemini, no país há uma alta receptividade dos consumidores para comprar seguros de marcas de tecnologia similares ao Google, por exemplo, alcançando aproximadamente 50% do público consumidor deste mercado. Tendo somente 10% que se contrapõe a esta ideia e os 40% restantes são neutros em sua opção e receptividade à compra online.
Fonte: Câmera Brasileira de Comércio e Eletrônico