Oito produtores de conteúdo franceses irão colaborar com o Facebook para reduzir a incidência de notícias falsas na plataforma, afirmou a empresa na segunda-feira (6), ao Le Monde. A plataforma vem enfrentando críticas e pressão para realizar mais ações contra a disseminação das notícias falsas na rede social, o que considerado por alguns, o fator que colaborou com a eleição de Donald Trump.
O projeto envolve a Agência France-Presse, BFM-TV, Franceinfo, France Médias Monde, L’Express, Liberation, Le Monde e 20 Minutes, e replica o modelo apresentado em dezembro nos Estados Unidos.
O Facebook irá possibilitar os usuários marcarem informações que eles suspeitem que sejam falsas, o que torna os links acessíveis para os parceiros de mídia verificarem o conteúdo. Se dois parceiros marcarem a informação como falsa, o post irá aparecer no Facebook com um banner sinalizando.
Os algoritmos do Facebook podem ser alterados para reduzir a circulação do post, de acordo com a publicação. “Foi isso que nos convenceu a participar”, afirmou o editor chefe do Le Monde, Jérôme Fenoglio. “Pela primeira vez, será possível mudar os algoritmos se for notado algum problema editorial com o post”.
O Facebook também anunciou que irá dar suporte para uma plataforma que verifica conteúdo chamada CrossCheck. Os usuários poderão mandar perguntas e juntar informações divulgadas por 16 veículos franceses, incluindo AFP, Le Monde, Libération, Franceinfo e France Médias Monde. O Google também faz parte da iniciativa.
No mês passado, o Facebook também fez uma ação semelhante na Alemanha, onde os políticos expressaram preocupações que as notícias falsas pudessem interferir com as eleições de setembro.
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