Exportações nordestinas cresceram 3,8%


O algodão foi o principal na elevação da exportação
O algodão foi o principal na elevação da exportação
Preço médio das exportações aumentaram em 10,0%

A balança comercial nordestina acumulou déficit de US$ 1.244,8 milhões no primeiro trimestre de 2018, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). As exportações, nesse período, somaram US$ 3.980,4 milhões, incremento de 3,8% quando comparado ao primeiro trimestre de 2017.

Já as importações totalizaram US$ 5.225,3 milhões, registrando ligeira queda de 0,8%, nesse período comparativo. A decomposição das exportações nordestinas por fator agregado mostra que, no período em análise, cresceram as exportações de produtos básicos (+27,0%) e de semimanufaturados (+10,0%), entretanto, caíram os embarques de manufaturados (-5,7%).

Nesse período, os preços médios das mercadorias exportadas aumentaram 10,0% enquanto a quantidade embarcada caiu 5,6%. No grupo dos produtos básicos, cresceram, principalmente, as vendas de algodão (+224,6%), bagaços de soja (+50,9%) e soja (+22,0%) quando comparadas com o primeiro trimestre de 2017. Já nas exportações de produtos semimanufaturados, destacaram-se as vendas de pasta química de madeira que lideraram a pauta nordestina com 14,8% e crescimento de 65,8% no período em análise.

Por outro lado, os embarques de produtos semimanufaturados de ferro/aço e de açúcares de cana sofreram reduções de 11,5% e 29,4%, respectivamente, do valor exportado. As vendas de produtos manufaturados, apesar de serem as mais representativas na pauta nordestina (47,9%), recuaram 5,7% no período em análise.

Contribuíram para esse resultado a queda nas exportações de benzeno (-75,7%), tereftalato de etileno (58,0%), veículos com motor diesel (-36,3%) e óleo combustível (-10,7%). Vale ressaltar, entretanto, o favorável desempenho das vendas de óleo diesel (+137,4%), automóveis c/motor a explosão, 1000<cm3<=1500, até 6 passageiros (+111,5%), automóveis c/motor a explosão, 1500<cm3<=3000, até 6 passageiros (+20,9%) e alumina calcinada (+17,9%).

As importações

Do lado das importações nordestinas, decresceram as aquisições de bens de capital (-3,9%), bens intermediários (-1,3%) e de combustíveis e lubrificantes (-1,5%). Por outro lado, as compras de bens de consumo registraram aumento de 13,6%, no acumulado de 2018 em relação a igual período de 2017.

As maiores quedas, em valores absolutos, foram nas compras de naftas para petroquímica (-US$ 372,5 milhões), sulfetos de minérios de cobre (-US$ 190,8 milhões) e gasolina (-US$ 129,0 milhões). Os principais parceiros comerciais do Nordeste, Estados Unidos, China e Argentina responderam por 44,8% das exportações e 49,1% das importações da Região.

No período de janeiro a março deste ano, relativamente de janeiro a março de 2017, os embarques para os Estados Unidos e Argentina aumentaram 16,5% e 28,4%, respectivamente, enquanto as vendas para a China caíram 8,7%. Do mesmo modo, os desembarques dos produtos oriundos dos Estados Unidos (+29,3%) e Argentina (+5,7%) aumentaram e os da China (-4,8%) retrocederam. A balança comercial nordestina é deficitária com os Estados Unidos (-US$ 952,6).

 

Fonte: Banco do Nordeste