A cotação da moeda norte-americana fechou agosto valorizada em 8,45% com relação ao real. O dólar acumula no ano uma alta de 22,86%. No pregão desta sexta, último dia do mês de agosto, a moeda acabou cotada da R$ 4,072 para venda, com queda de 1,78% depois de atingir, nos dias anteriores, o segundo maior patamar do Plano Real, cotada a quase R$ 4,15.
O Banco Central voltou a intervir hoje no mercado, como prometido, realizando um swap cambial de linha (venda futura da moeda norte-americana com garantia de recompra) no valor de US$ 1,5 bilhão.
Bolsa
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou hoje em alta de 0,36%, com 76.677 pontos. O índice acumulado em agosto ficou em queda de 3,12%, com um acumulado no ano com leve alta de 0,36%. Os papéis da Petrobras contribuíram para o fechamento em alta, com as ações valorizadas em 2,45%.
O que foi feito para conter o dólar
Dos R$ 2,15 bilhões ofertados ao mercado, o Banco Central (BC) informou que vendeu R$ 900 milhões em reservas internacionais com compromisso de recomprá-las mais adiante.
Os leilões aconteceram no início da tarde de sexta (31), com o objetivo de segurar a alta da moeda americana. A taxa de corte do leilão foi de R$ 4,14. O montante, no entanto, não ampliará o total de dólares injetados no mercado.
Os leilões ajudarão o BC a rolar (renovar) contratos de leilões com compromisso de recompra que venceriam no início deste mês de setembro.
Com os leilões, os dólares das reservas internacionais, que voltariam para o BC em 5 de setembro continuarão no mercado. Uma parte circulará até 5 de novembro, e outra, até 4 de dezembro.
Caso os contratos não fossem renovados, a oferta da divisa diminuiria, pressionando a cotação do dólar ainda mais para cima.
O que influencia a alta do dólar
Os leilões foram anunciados na última quarta-feira (28), dia em que o dólar fechou no segundo maior nível desde a criação do real: R$ 4,15.
A cotação está influenciada pela turbulência do mercado financeiro à medida que as eleições de outubro se aproximam.
No dia 30, o BC também interveio para conter a disparada do dólar com leilão de US$ 1,5 bilhão em contratos de swap cambial – equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
Fonte: Agência Brasil