Carta lançada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), juntamente com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), no dia 15 deste mês, em Florianópolis, destaca a Indústria 4.0 como uma necessidade urgente das empresas de todos os portes, para a garantia da competitividade e desenvolvimento do país, através da atualização tecnológica e digitalização de processos.
No documento, a CNI enfatiza que o entendimento das empresas acerca do processo de digitalização é imprescindível para que riscos e oportunidades sejam claramente identificados. E para que estas organizações consigam avaliar o seu nível de maturidade para a imersão na chamada 4ª revolução, foi criada uma plataforma online que garante o diagnóstico do estágio tecnológico das empresas, além da promoção de cursos e workshops gratuitos para aqueles que se interessarem.
A Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES), pensando na alta competitividade do mercado e nas exigências cada vez mais acirradas diante dessas novas formas de produção, está no caminho certo, pois ao longo de 2017 preparou empresários e funcionários do Estado através de eventos e palestras com o objetivo de esclarecer sobre os benefícios e os desafios da também chamada manufatura avançada.
A FIES entende que a Indústria 4.0 não significa apenas a oportunidade para o segmento ser mais produtivo por meio de novas tecnologias digitais. A sua implantação também representa a qualificação dos trabalhadores que vão programar e manusear máquinas com maior grau de complexidade, que vão lidar com novos processos e, principalmente, tomar decisões justificáveis e em tempo real, tendo a internet como protagonista.
A carta apresenta quatro passos importantes para que os caminhos rumo à Indústria 4.0 se tornem possíveis:
1) Enxugar processos: a recomendação é que, antes de digitalizar seus processos, a empresa adote métodos gerenciais e práticas organizacionais, como eficiência energética, produção limpa e lean manufacturing, técnica que reduz desperdícios com medidas de baixo custo, com excelentes resultados no aumento de produtividade.
2) Qualificar trabalhadores: é fundamental qualificar os profissionais das empresas em técnicas como programação, robótica colaborativa e análise de dados, assim como desenvolver competências sócioemocionais com métodos para estimular a criatividade, o empreendedorismo, a liderança e a comunicação.
3) Empregar tecnologias disponíveis e de baixo custo: o SENAI recomenda que as tecnologias da indústria 4.0 sejam empregadas, em um primeiro momento, para as empresas aprenderem o que está ocorrendo no seu chão de fábrica e sejam mais ágeis nas decisões. A sugestão é a utilização de soluções de baixo custo, como sensoriamento, internet das coisas, computação em nuvem e big data para melhor compreensão do processo produtivo, e de técnicas como “advanced analytics” e inteligência artificial para prever problemas que afetam a produtividade, como quebras de máquinas.
4) Investir em pesquisa, desenvolvimento e inovação: a fim de serem mais competitivas e oferecerem melhores produtos, as empresas precisam investir em inovação. A recomendação é que os empresários tenham como objetivo a implantação de fábricas inteligentes, flexíveis e ágeis, conectadas com suas cadeias de fornecimento e com capacidade de customização em massa de seus produtos, estágio mais avançado da indústria 4.0.
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