O Dia dos Namorados, comemorado na próxima sexta-feira (12), será diferente este ano, mas não menos emocionante. A data típica do calendário comercial brasileiro vai obrigar os comerciantes a se adaptarem ao cenário causado pelo novo coronavírus. A data, que movimentou mais de R$ 2,2 bilhões no ano passado, deve seguir a tendência de crescimento do e-commerce brasileiro registrada nos últimos meses. A tendência é confirmada pela pesquisa realizada pela ShopFully, que entrevistou 1.508 pessoas de todas as regiões do Brasil entre os dias 15 e 17 de maio.
A explicação é óbvia e repetida por especialistas: as lojas que possuem canais digitais vão sair na frente na busca pelo consumidor durante a pandemia. E isso vai acontecer porque o consumidor também está em busca do comercio online.
De acordo com o levantamento da ShopFulley, 57,2% dos entrevistados pretendem comprar um presente para o namorado (a) ou cônjuge. 48% dos entrevistados afirmaram que já estavam realizando pesquisas com o intuito de verificar promoções, comparar preços e encontrar as melhores ofertas. Os dados ainda revelam que 51% das pesquisas de presentes são realizadas por meio de sites ou aplicativos de ofertas, seguido pelas redes sociais (32%) e comparadores de preços (15%).
Como se vê, o e-commerce é a alternativa mais prática e acessível para atender os consumidores. Nesse sentido, as marcas precisam garantir uma experiência memorável e relevante para seus clientes. As lojas virtuais devem se munir com recursos de comunicação como ferramentas de notificações, chats, plataformas de atendimento e redes sociais, para orientar e ajudar o consumidor a encontrar o que procura.
A orientação da Social Miner, empresa especializada em mineração de dados na internet. Com uma base composta por mais de 43 milhões de cadastros, a empresa mapeou o comportamento do consumidor e os impactos da Covid-19 no varejo online. Uma das conclusões é que a questão do preço dos presentes será decisiva neste ano. “Observamos que nesse momento de crise o benefício financeiro vai aparecer como uma motivação muito superior a outros aspectos, como recomendação de amigos e boa nota em sites de avaliação”, diz Ricardo Rodrigues, CEO da Social Minner. “Isso se explica pelo memento de incerteza, com alta do desemprego e incertezas a curto e médio prazo”, explica.
Ricardo recomenda ao comerciante que ele dê o máximo de visibilidade à questão do benefício financeiro. “E isso não quer dizer, necessariamente, abaixar o preço do produto, mas se atentar à economia que o cliente pode ter na hora da compra, com promoções do tipo pague um leve dois, descontos na compra à vista ou frete grátis”, detalha.
* Dados: Social Miner
Para além dos preços, o comerciante deve olhar também para o que ele pretende oferecer ao seu cliente. O Consultor de Varejo Marco Quintarelli separou algumas dicas para o comércio de como aumentar o faturamento utilizando, principalmente, as ferramentas online como estratégia de vendas. Confira!
Vendas online como diferenciais
As lojas que possuem canal virtual saem na frente na busca do consumidor durante a pandemia. Incluir condições diferenciadas de pagamentos será importante para aumentar as vendas, como por exemplo: frete grátis, entrega rápida, personalização do presente e parcelamento das compras.
Jantar em casa
Os tradicionais jantares românticos fora de casa também não poderão ocorrer devido à pandemia. O serviço de entrega (delivery) de alimentos teve um boom desde o início da quarentena, e a alta procura vai continuar. Uma dica para cativar o cliente é ir além da entrega. Leve a experiência do restaurante para a casa das pessoas com um brinde especial ou uma carta.
Parcerias
Uma dica é fazer parcerias de negócios para a data. Um restaurante pode se unir a uma floricultura ou uma empresa de decoração de eventos, por exemplo, para caprichar no clima de romance.
Fonte: CNDL