De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), no primeiro semestre de 2016 houve uma queda de 14% no faturamento deflacionado desse tipo de produto, em comparação ao mesmo período do ano passado. Além disso, o Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP) indicou a queda de 9% no mês de julho no setor, frente aos resultados do mesmo mês de 2015, e uma previsão de 8% para o ano de 2016. Para tentar mudar um pouco esse cenário, a Caixa anunciou a disponibilização de R$ 7 bilhões para financiar a compra de material de construção, visando alimentar o combalido setor.
Esse montante será destinado para a utilização tanto na compra de material para construção, reforma ou ampliação de imóveis quanto na aquisição de móveis planejados e equipamentos para aquecimento solar. O banco oferece uma taxa de juros de 1,95% ao mês – até a próxima sexta-feira, 12 – para clientes com mais de 6 meses de relacionamento com o banco. Esse crédito estará disponível até o fim de 2017 e há possibilidade de aumentá-lo durante o período, de acordo com a Caixa. Além desse crédito, parcerias com lojistas para ofertas de descontos e premiações para os clientes.
Essa medida é, mais uma, do Governo Federal para ampliar a oferta de concessão de crédito para a área da construção civil, um dos mais atingidos pela crise econômica que ainda assola o país. Aqui em Sergipe, o Boletim Econômico da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) em parceria com a UFS divulgou recentemente que em junho foram reduzidos 632 postos de trabalho no setor, aumentando ainda mais o déficit de empregos no segmento acumulado em 2016. Propostas como essa do incremento da concessão de crédito e outras que possam garantir o empurrão necessário para que o país volte a crescer e, por consequência, a indústria da construção civil viva dias melhores e possibilite o retorno ao mercado de trabalho de milhares de profissionais da área.
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