Dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), apontaram que o valor da cesta básica registrado na capital sergipana, em agosto deste ano, foi de R$ 370,70, sendo o segundo menor entre as capitais brasileiras.
Desde janeiro de 2016, o Dieese vem publicando os resultados das 27 capitais brasileiras. O menor valor da cesta foi registrado em Natal (RN), com R$365,46. Já os maiores custos foram registrados em São Paulo [com R$ 475,11]; Porto Alegre [R$ 474,34]; e Florianópolis [com R$ 457,11].
Em relação a julho, nove capitais brasileiras apresentaram redução no preço da cesta básica. A maior redução foi observado em Goiânia [-3,15%], seguida de Aracaju [-2,26%], variação em termos absolutos – sem considerar a inflação do período. Já as maiores altas foram registradas em Florianópolis [+3,16%] e Maceió [+3,11%].
Preços dos produtos
Analisando o desempenho dos preços dos alimentos, em relação a julho, houve uma predominância de alta nos preços da manteiga, café em pó, leite, arroz e açúcar. O valor do leite esteve em 23 capitais, sendo o produto com maior elevação em Aracaju [+15,4%]. Uma das possíveis razões para isto é o período de entressafra, no entanto os produtores registraram crescimento da captação de leite, indicando uma expectativa de aumento na produção para o próximo mês.
O arroz também registrou aumento de preços, ficando mais caro em 24 capitais, com destaque para Campo Grande (MG), com 9,79%. Em Aracaju, o crescimento registrado foi de 5,83% [na comparação com julho]. O feijão do tipo carioquinha, pesquisado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além Belo Horizonte e São Paulo, apresentou queda em 16 capitais. O maior recuo foi em Aracaju [-14,2%]. O início do período da colheita da safra irrigada do feijão colaborou para redução dos preços do produto.
Entre os produtos que apresentaram redução nos preços, os mais expressivos foram o do feijão [-14,19%] e o tomate [-9,06%]; seguidos pela carne [-2,68%] e a banana [-0,8%]. Os que tiveram maiores altas, além do leite e do arroz (já citados), foram a manteiga [+5,35%], o café [+4,89%] e açúcar [+3,97%], apresentando altas significativas.
A análise foi realizada pelo Boletim Sergipe Econômico, em parceria do Núcleo de Informações Econômicas (NIE) da Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (FIES) e do Departamento de Economia da UFS.
Com informações da Unicom Fies
