A consultoria Roland Berger fez um amplo estudo para detalhar os possíveis impactos gerados pela pandemia de Covid-19 na economia e nas empresas. Em uma das análises, destacou 6 temas fundamentais para os CEOs, dois em cada uma das seguintes etapas: gestão imediata da crise, preparação para retomada e atenção às oportunidades.
O material se refere a empresas de diferentes setores, entre os quais aqueles que enfrentam interrupção nas atividades – o que não ocorre no varejo alimentar. No entanto, diversas orientações podem (e devem) ser seguidas pelas redes supermercadistas. Confira:
1. Garantir agilidade na tomada de decisões
Mudanças rápidas no cenário requerem agilidade na tomada de decisões, com centralização de temas estratégicos no CEO, e autonomia regional ou por área para ajustes aos requisitos necessários
2. Evitar a paralisia dos recursos humanos
Outro ponto importante destacado pela Rolland Berger tem a ver com a gestão de pessoas. Algumas ações destacadas neste momento são: gerenciar o pânico com informações tempestivas e precisas; realocar a força de trabalho da melhor forma possível para reduzir os impacto na produtividade e utilizar de forma otimizada as medidas de flexibilização instauradas pelo governo
3. Olhar para a “empresa estendida”
Já na preparação para retomada, o CEO terá de identificar rapidamente os elos mais frágeis da cadeia de valor e eventuais necessidades de suporte ao fluxo de caixa. O principal executivo da empresa também precisará prever a necessidade de reconstruir ou substituir rapidamente alguns elos da cadeia para garantir capacidade para aproveitar o potencial do pós-crise
4. Digitalizar mais e rápido
Impulsionar os canais de venda e de marketing digital será outra tarefa essencial no contato com clientes. Na verdade, para o setor supermercadista isso se mostra necessário desde já, uma vez que as precauções em evitar deslocamentos fizeram as vendas online dispararem.
Já com o público interno, pode ser a hora de mudar comportamentos, por exemplo testando formas de colaboração remota, quando possível
5. Estruturar retomada por regiões
Segundo a Rolland Berger, ainda que a gestão da crise seja centralizada (para dar agilidade), o planejamento da retomada pede equipes focadas em regiões específicas, olhando para as suas particularidades
6. Manter um olho no horizonte
A consultoria recomenda manter parte do comitê de crise com o olho no horizonte, permitindo a identificação de ajustes necessários ao modelo de negócio, além de oportunidades com novos comportamentos e demandas.
Outra sugestão é ter atenção a oportunidades em aquisições e fusões, uma vez que muitas empresas estarão fragilizadas.
Fonte: SA VAREJO