“Os 15 dias são o compromisso do governo em voltar a se reunir conosco. Porque tem algumas coisas que nem tem como resolver e algumas coisas são atribuição do Parlamento. E eles se comprometeram conosco em botar o empenho do governo”.
Mas nem todos os caminhoneiros estavam representados na reunião com os ministros de Michel Temer. Um exemplo são os caminhoneiros autônomos do centro-oeste.
Wallace Landim estava na porta do Palácio do Planalto na tarde de hoje se apresentando como representante dos motoristas individuais do Centro-Oeste. Ele reclamou que sua presença estava prevista na reunião, mas sua entrada não foi permitida.
Wallace afirmou que a categoria não está representada no acordo com o governo e que nenhuma decisão acatada será seguida por eles. Ele repetiu o discurso do representante da Abcam, e disse que, enquanto o fim do imposto sobre o diesel estiver confirmado, a paralisação continuará.
“Não somos representados [pelas associações que estão na reunião]. Somos caminhoneiros individuais. Se a gente não estiver participando, não vai ter nenhum resultado, nenhum. Pode sair de lá e falar que acabou a greve, que não adianta. A gente só libera a rodovia quando sair no Diário Oficial. Não estamos pedindo esmola, estamos pedindo o nosso direito”.
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, rechaçou a possibilidade de uso de força policial para desobstrução das estradas. Ele destacou o caráter pacífico dos protestos pelo Brasil. “O governo é um governo do diálogo e mais uma vez demonstra isso. Foi um protesto ordeiro, houve respeito por parte dos manifestantes. O que queremos é que voltem a, efetivamente, trabalhar no sentido de abastecer a vida brasileira”.
Fonte: Agência Brasil