O problema da infraestrutura no Brasil é crônico. Estradas esburacadas, ferrovias insuficientes e aeroportos, em sua maioria, como qualidade incipiente. Mas o transporte mais utilizado para a exportação é realizado através dos portos, e, esses, também não estão com a qualidade necessária para impulsionar o desenvolvimento do comércio exterior do país. O Brasil está na 123º colocação dentre a infraestrutura geral e portuária entre 140 países pesquisados, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
Além do Porto de Santos – o maior do país – aparecer apenas em 28º entre os que mais movimentam contêineres no mundo. Para entender um pouco mais sobre essa temática, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou o estudo “As barreiras da burocracia: o setor portuário”.
De acordo com o estudo, o gasto adicional com a burocracia por R$ 2,9 bilhões a R$ 4,3 bilhões anuais com a demora na liberação de cargos e custos administrativos. O trabalho mostra ainda que a demora no aporte de investimentos nessa área já causaram prejuízo na cada dos R$ 6,3 bilhões aos investidores. A CNI defende que, medidas como, a profissionalização e a modernização da gestão dos portos, sejam adotadas rapidamente para que o Brasil seja competitivo com relação ao mercado mundial.
Há três anos foi criada a Lei dos Portos (Lei 12.815/2013) é considerada positiva pelo setor produtivo. A partir desta norma, 40 novos terminais privados foram autorizados ante a demora em aproximadamente três anos para a liberação anteriormente. Em relação à administração portuária, o estudo recomenda a adoção de um programa de concessões.
O intuito é aumentar a eficiência das operações, com base não só na experiência brasileira na privatização de serviços de infraestrutura, mas também em diversos exemplos internacionais de portos que se beneficiaram do aumento da participação privada em suas administrações. Alguns exemplos positivos são os portos de Roterdã (Holanda), Antuérpia (Bélgica) e Hamburgo (Alemanha), por exemplo.
Sergipe ainda engatinha quando a questão é o comércio exterior e, geralmente, utiliza o Porto de Salvador para realizar suas exportações, principalmente as indústrias sucroalcooleiras do estado. Mas, quem sabe, com investimentos e novos programas sendo desenvolvidos, esse tipo de transação cresce e a indústria sergipana possa competir, em pé de igualdade, com os maiores estados do país.
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