O nível de engajamento do brasileiro em relação às empresas caiu 1% em 2016. É o que aponta levantamento global da Aon Empower Results, que contou com a participação de 1.000 empresas e quatro milhões de empregados em todo mundo. No Brasil, participaram 100 mil funcionários de 31 companhias dos setores de varejo, tecnologia da informação, indústria, saúde e financeiro.
A queda no engajamento dos profissionais brasileiros se explica principalmente pelo quesito “pretende permanecer na empresa”. Nesse indicador, o percentual dos que querem continuar foi de 62%, contra 66% do estudo anterior. “Este fator está bem atrelado ao que a empresa oferece aos colaboradores, como projeção de carreira, pacote de benefícios e aumento de remuneração. É um item que está totalmente ligado ao indicador de gestão de talentos, que caiu 2%, e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho, com queda de 3%”, explica Bruno Andrade, responsável pela área de consultoria e engajamento da Aon Brasil.
Para o executivo, o País começa a sentir os efeitos da crise econômica na atuação dos colaboradores. Ele explica que, devido a esse cenário, as empresas começam a deixar de enxergar o funcionário como investimento e passam a focar iniciativas mais pontuais. Entre elas, prevenção para queda de arrecadação e eventuais riscos financeiros. Segundo Andrade, tudo isso se reflete diretamente na percepção do empregado.
Em contrapartida, o especialista ressalta que o Brasil apresentou crescimento no que se refere à relação com as lideranças. Para ele, a crise tem aproximado e conectado de forma positiva, contribuindo para que o resultado final no nível de engajamento não tivesse uma queda maior. “Os líderes têm desenvolvido proximidade com os funcionários a fim de minimizar os impactos sofridos pela crise, uma vez que, em tempos como esse, é preciso produzir mais com menos recursos. Além disso, os colaboradores têm enxergado seus líderes como grandes parceiros e aliados nesse momento tão crucial”, finaliza.
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