Desde o rompimento da barragem 1 do complexo Mina do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), na última sexta-feira (25), equipes técnicas da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), da Superintendência dos Recursos Hídricos da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs) e da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) estão analisando a situação com o objetivo de minimizar toda e qualquer possibilidade de impacto ambiental e, também, de desabastecimento de água em solo sergipano.
Os estudos têm sido feitos desde a data do desastre e, de acordo com essas análises, a possibilidade de Sergipe ser atingido diretamente pelo material tóxico despejado no meio ambiente é mínima. Segundo o diretor de operações da Deso, Carlos Anderson, antes de chegar ao estado, o Rio São Francisco passa por diversas outras barragens e algumas usinas nos estados de Minas, Bahia e Pernambuco. Fator que, nessa primeira observação, diminui consideravelmente a probabilidade de continuidade do fluxo dos materiais minerais.
“O rio possui diversas barragens e usinas e, em cada uma delas, existe um processo de decantação – como é chamado o método aplicado na separação de materiais sólidos dos líquidos – e, por conta disso, dificilmente chegará algum rejeito dessa barragem em território sergipano”, explica.
No entanto, o monitoramento continua sendo feito. “O monitoramento é constante, sobretudo no que diz respeito a qualidade da nossa água. Temos a impressão de que, devido a distância e grande número de usinas e barragens em todo o percurso do Rio, esta lama não chegará até nós. Mas, mesmo assim, continuamos em alerta”, disse o superintendente da Sedurbs, Olivier Chagas.
Barragens sergipanas
Sergipe possui 13 barragens. Entre elas, oito são administradas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e cinco sãos geridas pelo estado, por meio da Deso e da Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro).
Apesar de ter sido noticiado que uma das barragens sergipanas estariam em risco, a Superintendência do Meio Ambiente garante que essa possibilidade é nula. “Não há ruptura alguma. Não há hipótese de perigo dessa natureza em nenhuma de nossas barragens. Nosso trabalho de intervenção tem sido constante. Em todas os nossos estudos e análises, nenhuma irregularidade em nossas estruturas foram encontradas”, assegurou Olivier Chagas.
Fonte: Secom Governo de Sergipe