Alimentos e bebidas são os responsáveis pelo aumento da inflação em janeiro


O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, ficou em 0,32% em janeiro, acima dos 0,15% registrados em dezembro. Em janeiro de 2018, o índice foi de 0,29%. O IPCA foi divulgado hoje (7), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação oficial do país ficou em 3,78%, pouco acima dos 3,75% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores.

A inflação de janeiro foi puxada pelo grupo alimentação e bebidas, que cresceu nos últimos 30 dias, fechando o mês em 0,90%. Em seguida, aparecem as despesas pessoais, que subiu 0,61%. Juntos, os grupos alimentos e bebidas e despesas pessoais responderam por cerca de 90% do índice do mês.

O item alimentação no domicílio subiu 0,97% em janeiro, especialmente em função das altas nos preços do feijão-carioca (19,76%), da cebola (10,21%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,78%). O leite longa vida, após cinco meses consecutivos de queda, subiu 2,10%, contribuindo com 0,02 ponto percentual no IPCA de janeiro. Verificou-se ainda redução expressiva nos preços do tomate (-19,46%), o que ajudou a conter a alta dos itens alimentícios.

A alimentação fora também acelerou e subiu 0,79%. O destaque ficou com as altas do lanche, que passou de 0,72% para 0,91%, e da refeição, que atingiu 0,90%, quando havia registrado 0,08% no mês anterior.

IPCA – Variação por regiões – mensal e acumulada em 12 meses

Região

Peso
Regional (%)

Variação (%)

Variação Acumulada (%)

Dezembro

Janeiro

12 meses

Belo Horizonte

10,86

0,01

0,70

4,36

Rio de Janeiro

12,06

0,40

0,49

4,37

Salvador

6,12

0,56

0,37

4,06

São Paulo

30,67

0,03

0,37

3,85

Belém

4,23

0,48

0,30

3,23

Aracaju

0,79

0,67

0,29

2,94

Vitória

1,78

-0,01

0,28

3,75

Recife

4,20

0,18

0,27

3,08

Campo Grande

1,51

0,06

0,20

3,08

Fortaleza

2,91

0,07

0,16

2,71

São Luís

1,87

0,25

0,09

2,74

Porto Alegre

8,40

0,26

0,08

4,00

Brasília

2,80

0,32

0,05

3,27

Curitiba

7,79

-0,17

0,02

3,14

Rio Branco

0,42

0,63

-0,09

3,35

Goiânia

3,59

-0,03

-0,17

2,91

Brasil

100,00

0,15

0,32

3,78

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

No caso das despesas pessoais, o aumento de preços foi impulsionado pela alta de itens como excursão (6,77%) e hotel (1,06%) e de alguns serviços como manicure (0,85%) e cabeleireiro (0,69%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas vestuário (-1,15%) apresentou deflação de dezembro para janeiro. Foram registradas variações negativas nas roupas femininas (-2%), roupas infantis (-1,06%) e roupas masculinas (-0,99%). Além disso, os calçados também registraram queda, de -0,65%.

Os itens habitação (0,24%), artigos de residência (0,32%), saúde e cuidados pessoais (0,26%), educação (0,12%), transportes (0,02%) e comunicação (0,04%) também variaram positivamente de preço em janeiro.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere às famílias com rendimento monetário de 1 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para o cálculo do índice do mês, segundo o instituto, foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (base).

 

Fonte: Agência Brasil