Em novembro de 2020, um novo meio de pagamento foi lançado pelo Banco Central. O Pix surgiu para mudar muitos hábitos antigos e facilitar a vida da população, principalmente no tocante a pequenas transações diárias. De acordo com pesquisa do C6 Bank/Ipec, 83% dos brasileiros já consideram o Pix melhor do que DOC e TED.
A modalidade começou a funcionar no dia 16 de novembro de 2020 e, de lá pra cá, segundo o Banco Central, o novo sistema de pagamentos já ultrapassa 87 milhões de usuários cadastrados, considerando pessoas físicas e jurídicas. Ainda de acordo com o BC, em abril, o número de transações via Pix chegou a quase 500 milhões, somando um total de R$ 321,9 milhões em valores.
A pesquisa C6 Bank/Ipec aponta que 67% dos brasileiros querem usar a modalidade no varejo. Ao analisar a aceitação por faixa etária, os dados mostram que usuários entre 16 e 24 anos tem mais disposição para adotar o novo meio de pagamento. Entre esses jovens, o número de pessoas que quer usar o Pix é seis vezes maior que o que não quer adotar. A resistência maior à novidade está entre a população com mais de 55 anos, onde para cada duas pessoas que desejam usar o Pix como forma de pagamento, uma não quer pagar contas nesse formato. De acordo com o Banco Central, 67,62% dos usuários do Pix possuem entre 20 e 39 anos de idade.
Atualmente, só a região Sudeste é responsável por 48,67% das transações Pix de todo o Brasil. O Nordeste aparece em segundo lugar com 20,60%. As outras regiões brasileiras, Sul (12,65%), Centro-oeste (10,20%) e Norte (7,89%), apresentam percentuais bem menores.
Muito especula-se se este seria o fim dos DOCs, TEDs e boletos, mas ainda é cedo para esta previsão. Segundo o economista e gerente de banco Hugo Farias, por questões de limites diários de transferência, o Pix ainda é limitado. “Não acredito que o boleto será substituído pelo Pix a curto prazo, pois trata-se de uma ferramenta de controle de gestão de empresas quanto ao contas a receber ou contas a pagar, enquanto a ferramenta Pix ainda está em desenvolvimento”, explica. Farias ressalta, ainda, que o novo formato de pagamento está sendo tarifado no seguimento de pessoa jurídica, ao contrário do que acontece em contas de pessoa física.
Como funciona o Pix
O Pix é um novo meio de pagamento que permite que sejam feitas transferências e pagamentos instantâneos, concluídos em até dez segundos, com disponibilidade 24 horas por dia, 7 dias da semana. Ninguém precisa se cadastrar para ter acesso a ele, porém existe a opção de cadastrar chaves para simplificar as transações realizadas. Caso o usuário não tenha chave cadastrada e quer receber um pix, basta informar os dados da conta para o pagador que será possível o recebimento. Toda a transação é feita de maneira online, dentro do aplicativo dos bancos.
Espera-se que, para o mercado, a abertura do Pix represente aumento da concorrência do setor, redução da concentração bancária e diminuição dos custos atuais para os negócios.
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