Brasil abre mais de 56 mil vagas formais de emprego


O mês de março, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) abriu 56.151 vagas formais de emprego. Este é  o terceiro resultado mensal positivo consecutivo e o melhor para mês, de março, em 5 anos, o índice positivo indica que o mercado de trabalho pode estar perdendo ímpeto, em meio à aceleração mais tímida da atividade econômica neste início de ano.

Entretanto, se comparado  março com os meses de janeiro e fevereiro, foram abertos 77.822 e 61.188 postos, respectivamente, na série sem ajustes. No acumulado do primeiro trimestre deste ano, foram criados 204.064 postos com carteira assinada no país, na série com ajustes, mostrou o relatório do Caged.

Crescimento

Segundo o ministério do trabalho, dos oito setores pesquisados, seis ficaram no azul em março, com destaque para serviços (+57.384 vagas), indústria da transformação (+10.450) e construção civil (+7.728).  Por outro lado, registraram fechamento líquido de vagas os setores da agropecuária (-17.827 postos) e comércio (-5.878).

Desemprego

Apesar dos números positivos do Caged no ano, o mercado de trabalho brasileiro vem mostrando sinais ainda acanhados de recuperação, com taxa de desemprego elevada e mais de 13 milhões de pessoas sem trabalho.

No trimestre encerrado em fevereiro passado, dado mais recente, a Pnad Contínua mostrou que o desemprego subiu a 12,6%, num sinal da irregular retomada da economia.

Efeitos da Reforma

Na esteira da recente reforma trabalhista, foram abertos 3.199 empregos de trabalho intermitente e 3.193 vagas em regime de tempo parcial. Já os desligamentos mediante acordo entre empregador e empregado, possibilidade também aberta pela reforma, chegaram a 13.522 no mês.

Os efeitos da reforma, contudo, devem cair em incerteza jurídica daqui para frente, com a provável queda da Medida Provisória 808, que regulamentou pontos da reforma trabalhista.

Votação da MP

Até a próxima segunda-feira, dia 23, o texto da Medida Provisória 808, precisa ser aprovado. Mas, a proposta sequer ganhou relator em comissão mista. Depois de obter o aval do colegiado, a MP ainda teria que passar pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, para não caducar.

A MP 808 estabeleceu a previsão de que as novas regras se aplicariam a todos os contratos vigentes, incluindo aqueles firmados antes da reforma entrar em vigor. O texto também regulou uma série de outros itens, como a transição do contrato de trabalho padrão para o intermitente.

O MT

O ministério do Trabalho ainda não se pronunciou a respeito do assunto, apenas informou a agência Reuters  que o assunto cabe à Casa Civil.

 

Fonte: Agência Reuters