BNDES lança edital para escolher gestor de fundo da Pequena África


Rio de Janeiro/RJ - A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, no lançamento do edital Viva Pequena África, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab). | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Instituição terá R$ 20 milhões para apoiar projetos na região

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta sexta-feira (28) o edital Viva Pequena África, no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), no Rio de Janeiro. Por meio da seleção pública, vai ser escolhida uma instituição sem fins lucrativos para gerir um fundo de R$ 20 milhões de investimentos na região, reconhecida por preservar heranças culturais africanas. As inscrições vão até 11 de setembro, e o resultado vai ser divulgado em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

O gestor do fundo será responsável por apoiar projetos culturais, promover reformas e capacitar pessoas que desempenhem atividades relacionadas à valorização da identidade cultural afro-brasileira. Também fará o levantamento de estudos, acervos e necessidades do território da Pequena África. Para participar do edital, é preciso seguir alguns requisitos de equidade racial, como ter na equipe um mínimo de 30% de pessoas autodeclaradas negras, ter histórico de ações em prol da equidade racial e propor ações afirmativas nesse sentido.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o governo federal está comprometido com o desenvolvimento da região, por entender a importância que ela ocupa na história do país.

“Nós temos aqui hoje a música, a culinária, a religiosidade, os ritos. Diversas formas de expressão dessa cultura que nós queremos preservar e valorizar. Para permitir recontar e revisitar a história do povo negro, que deu uma imensa contribuição cultural, econômica e social para o Brasil. Então, o BNDES está fazendo esse edital em parceria com o comitê gestor da Unesco, que reconhece como patrimônio histórico da humanidade o Cais do Valongo”, disse Mercadante.

Agência Brasil