O fechamento de bares, restaurantes e lanchonetes contribuiu para a queda no consumo de bebida não alcoólica. Dados da consultoria Euromonitor mostram que, embora o consumidor tenha levado o consumo para dentro de casa, impulsionado pelas orientações de isolamento e pelo auxílio emergencial, isso não foi suficiente para impedir a queda.
Segundo a pesquisa, em 2020 o volume da venda de refrigerantes caiu 6,6%, o de sucos caiu 2,6% e o de bebidas esportivas, como isotônicos, recuou 15,9%. Essa queda nas vendas foi um reflexo do fechamento de bares, restaurantes e lanchonetes, já que houve aumento de refrigerantes de cola e suco 100% natural no consumo dentro dos lares, afirma o analista do setor de bebidas da Euromonitor, Rodrigo Mattos, em entrevista ao Valor Econômico.
De acordo com o executivo, as expectativas para o mercado de bebida não alcoólica não são positivas para este ano de 2021. “O consumo em casa não deve crescer muito mais e a retomada em serviços também não vai ser tão rápida. Não prevemos que as classes mais baixas consumam este ano como consumiram em 2020. O cenário macroeconômico é uma influência mais negativa neste ano, então 2021 ainda deve mostrar queda, sem retornar aos patamares de 2019”, pondera.
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