De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de supermercados foi o único do varejo a ter crescimento nas vendas no mês de março, no comparativo ao mês anterior. As vendas totais do varejo brasileiro caíram 0,6% em março, frente a fevereiro, enquanto o setor de supermercados, hipermercados, produtos alimentícios e fumo registrou avanço de 3,3%.
Além das dificuldades econômicas enfrentadas por parte expressiva da população por conta da pandemia que se estende há mais de um ano, o fechamento do comércio não essencial em diversas regiões do país pode ter afetado os resultados no terceiro mês do ano. Por outro lado, o setor de supermercados, por ser comércio essencial, já começa a aparecer com resultados positivos, ampliando as vendas no último mês de março. O segmento a registrar a queda mais brusca foi o de tecidos, vestuário e calçados (-41,5%), seguido de móveis e eletrodomésticos (-22%).
Outro setor que chamou a atenção foi o de livros, jornais, revistas e papelarias (-19,7%), que contabilizou 14 meses de quedas consecutivas. O seguimento continua em retração, resultado de uma redução de lojas físicas desde 2017. Com isso, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a perda do setor foi de 43,3%. O acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -42,3% para -41,8%, permanece negativo desde março de 2014 (-0,2%).
Vendas têm queda em 22 unidades da federação na comparação com fevereiro
De fevereiro para março de 2021, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou queda de 0,6%, com predomínio de resultados negativos em 22 das 27 unidades da federação, com destaque para Ceará (-19,4%), Distrito Federal (18,1%) e Amapá (-10,1%). Por outro lado, influenciando positivamente, estão cinco UFs, com destaque para Amazonas (14,9%), Acre (11,2%) e Roraima (4,2%).
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Setor de supermercados tem crescimento de vendas em março
Veja pesquisa completa no site do IBGE.