Preço do tomate pressiona, mas cesta básica nordestina fecha julho em baixa


Preços em Aracaju acumulam terceira maior alta em 12 meses entre as capitais do Nordeste, com variação positiva de 10,4%

Símbolo da inflação na mesa do brasileiro, o tomate voltou a pressionar os preços da cesta básica nordestina em julho, acumulando alta de 5,5% no mês. Ainda assim, o valor dos alimentos na Região declinou 0,6% no mês, com queda mais acentuada em Recife (PE), onde houve redução de 3,3%.

Os números fazem parte de pesquisa realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do Banco do Nordeste, com base  em dados do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Açúcar, café e óleo (-6,9%), feijão (-4,6%), banana (-2,7%), carne (-2,5%) e leite (-1,2%) registraram queda no período. Além do tomate, manteiga (+1,6%), arroz e farinha (+1,2%) e pão (+0,2%) foram itens que apresentaram as maiores altas em julho.

Entre as capitais nordestinas, as maiores elevações ocorreram em Salvador (+2,0%), Natal (+1,1%) e São Luís (+0,6%), enquanto em Recife (-3,3%), João Pessoa (-2,3%), Fortaleza (-1,9%), Teresina (-1,7%), Maceió (-0,6%) e Aracaju (-0,4%) verificou-se redução dos preços.

Aracaju

Apesar da baixa no mês, os preços dos alimentos em Aracaju acumulam a terceira maior alta nos últimos doze meses, entre as capitais do Nordeste, com variação positiva de 10,4%. Em termos monetários, a capital sergipana apresenta a cesta básica de quinto maior valor (R$ 364,27), mais barata que a cesta regional (R$ 371,41).

Aracaju registra a maior variação anual no preço da manteiga (+52,13%), mas também a maior retração de 2017 no preço de dois alimentos: feijão (-26,7%) e carne (-4,4%). No comparativo com o mês anterior, a cidade apresenta a maior variação no preço do pão (+2,5%). E em doze meses, Aracaju tem a maior alta no preço do leite (+41,9%).

Nordeste

As capitais Fortaleza (+6,2%), Natal (+5,8%), Maceió (+5,7%) e João Pessoa (+2,5%) apresentaram alta no acumulado de 2017. Os menores incrementos nesse intervalo foram verificados em Teresina (+1,0%), Aracaju (+0,3%), Salvador (+0,2%) e São Luís (+0,1%).

Ainda nas capitais nordestinas, os alimentos da cesta básica que apresentaram as maiores variações em julho foram o tomate (+15,1%), em São Luís; o feijão (+5,7%), em Maceió e a banana (+4,0%), em Natal.

Comparativo nacional

No Brasil, o custo da cesta básica caiu 0,2% no mês de julho de 2017 e 1,7% no ano. Os preços dos alimentos essenciais caíram em três regiões do país, com maior redução no Norte (-7,0%), seguido do Nordeste (-0,6%) e Centro-Oeste (-0,3%). O Nordeste também acumula incremento de 2,7% em 2017, sendo a única região com variação positiva no ano.

Os dados estão disponíveis no endereço www.bnb.gov.br/diario-economico-2017.