Quase 2,5 milhões de estrangeiros devem visitar o Brasil no verão de 2017, segundo estimativa da Embratur. Mas, mesmo com o aumento de 11% nessa visitação, em relação a igual período do ano passado, os empresários do setor de turismo não estão otimistas com a temporada, como demonstrou o levantamento realizado pela Federação Nacional de Hotéis e Restaurantes (FNHRBS).
Para 36% dos donos de hotéis e restaurantes do País, o faturamento do verão, iniciado em 21 de dezembro, deve ser menor do que o registrado na temporada de 2015/2016. Dos empresários, 53% declararam que não vão abrir vagas de trabalho temporário para o período. Entre as empresas que pretendem contratar colaboradores temporários para o verão, 34% pretendem contratar entre 1 e 5 funcionários; e 7%, entre 6 e 10 empregados no período; 4% devem contratar entre 11 e 16 pessoas; e 1%, mais de 17.
Os dados refletem as expectativas dos empresários com o faturamento esperado: apenas 23% esperam receitas maiores para a temporada iniciada em 2016 do que em 2015 – mas, ainda assim, no máximo 5%. Enquanto 18% acreditam que o faturamento será igual ao registrado no período passado; 16% esperam alta de 5% a 10% no faturamento; e apenas 7% acreditam em alta entre 11% e 30%.
“Com o cenário de crise e o alto índice de desemprego no País, o brasileiro preferiu cortar os gastos com viagens. Do outro lado, sem expectativa de melhorias, os empresários estão receosos em investir, principalmente em contratações. O País precisa continuar investindo em turismo e usá-lo como chave para impulsionar a economia e trazer o Brasil de volta para os trilhos do desenvolvimento econômico”, afirma o presidente da Federação, Alexandre Sampaio.
Das empresas que responderam à pesquisa, 61% são hotéis e/ou restaurantes de pequeno porte; 33%, de médio porte; e 6%, de grande porte, refletindo a realidade dos negócios do setor de turismo no País. Desses estabelecimentos, 41% empregam até 10 pessoas; 34%, entre 10 e 30; 20%, entre 30 e 50; e 5%, acima de 50 profissionais. O setor de hospedagem e alimentação conta com mais de 940 mil empresas em todo o País.
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo