A construção de políticas públicas baseada em dados e evidências tem sido uma das prioridades do Governo de Sergipe para desenvolvimento de ações ainda mais eficazes e com impacto direto, especialmente na geração de emprego e renda. Com o fomento das tradições juninas pelo estado, será realizada a aferição dos dados econômicos dos festejos. Na sexta-feira, 2, o tema foi debatido durante reunião entre representantes das secretarias de Estado do Trabalho e do Turismo com o Observatório de Sergipe, órgão vinculado à Secretaria da Casa Civil (Secc), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/SE), o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/SE), a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio/SE) e entidades relacionadas.
O objetivo é produzir uma pesquisa exploratória a fim de diagnosticar o impacto dos investimentos realizados pelo governo e prever melhorias na alocação dos recursos públicos de cada segmento da cadeia produtiva.
Para o secretário do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem), Jorge Teles, o levantamento de dados necessita do envolvimento e contribuição de diversos setores a fim de evitar lacunas de informação. Ele ressalta a importância da transversalidade para alcance dos objetivos em comum: geração de emprego e renda. “Com a aferição desses dados, a gente vai entendendo o que deu certo e o que precisa ser mais incentivado. Quando a roda da economia gira, é bom para todo mundo, porque o dinheiro circula na economia durante muito tempo e faz com que toda uma cadeia produtiva tenha esse ganho”, disse.
De acordo com o secretário, Sergipe tem passado por um momento de retomada de sua economia, atraindo novos negócios e investimentos. O que necessita, ainda mais, de uma análise minuciosa do cenário para promoção de políticas públicas estratégicas, alinhadas com as principais demandas do mercado de trabalho.
Esse levantamento de dados, segundo o secretário-executivo da Seteem, Rafael Melo, corrobora para criação de uma visão sistêmica do cenário. “[A partir dos dados], próximo ano, a gente vai qualificar com mais assertividade… as pessoas gerarem uma renda e uma competitividade melhor no nosso São João”, apontou como resultado previsto para a pesquisa que está sendo iniciada agora, visando melhorias futuras.
O secretário do Turismo, Marcos Franco, reforça a importância da reunião, da transversalidade entre as pastas e do planejamento para elaboração de dados e desenvolvimento de ações eficazes. “Com essa gestão de planejamento, a gente tende a errar menos”.
Festejos juninos e levantamento de dados
Para o coordenador do Observatório de Sergipe, Ciro Brasil, o tradicional festejo junino acompanha um grande poderio econômico com impacto na geração de emprego e renda. “O Governo do Estado acredita muito nesse potencial econômico do São João. Só que a gente ainda tem pouquíssimos dados sobre isso. Quantas pessoas trabalham na cadeia junina, desde costureiras, salões de beleza, produtores musicais, ambulantes… é um universo enorme de gente que trabalha ao redor dos festejos juninos, ainda mais este ano, quando o governo está investindo em 30 dias de festa”, disse.
De acordo com Ciro, os estudos serão realizados em parceria com diversos atores, a exemplo da Fecomércio, além de associação de hotéis, de bares e restaurantes, guias de turismo, transportadores, receptivos turísticos. “São todos parceiros que vão ajudar a medir, bastante, como é esse fluxo econômico, como é o fluxo de turista, como que o sergipano e os turistas gastam. Para a gente poder investir, cada vez melhor, no São João como um modelo, como um meio, também, de gerar emprego e renda por meio do turismo e das festas”, afirmou.
A pesquisa exploratória ainda está em fase inicial e a previsão é que dados mais substanciais sobre o impacto econômico do São João sejam lançados a partir do segundo semestre. “A ideia é, ao longo do mês de junho, talvez na metade, a gente já começar dando algumas parciais relacionadas aos investimentos que prefeituras e Governo do Estado estão tendo. Mas muitos dos dados vão ser coletados junto a esses trabalhadores do São João no contexto logo depois do São João – que é justamente o momento quando os ambulantes e rede hoteleira, por exemplo, conseguem fazer um balanço de como foi o movimento ao longo de junho”, finalizou.
Agência de Notícias/Governo de Sergipe