Fecomércio analisa endividamento do sergipano


Fecomércio analisa endividamento do sergipano
Imagem: Divulgação

O Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, por meio de sua assessoria executiva e Instituto Fecomércio de Pesquisa e Desenvolvimento (IFPD), analisou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do consumidor (PEIC) realizada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), percebendo o aumento no número de famílias em condição de endividamento no estado. De acordo com a pesquisa, houve o crescimento de +1,1% diante do mês de junho, no número de famílias endividadas no estado, com o indicador apontando 82,1%.

O resultado apurado condiz com a realidade econômica dos sergipanos, que têm voltado gradativamente às compras nos estabelecimentos comerciais do estado, elevando a movimentação do volume de vendas das lojas, contrastando com a pandemia da COVID-19, que fez com que as pessoas diminuíssem seu endividamento, por terem reduzido seu consumo por vários meses seguidos. O retorno do consumidor às compras, faz com que o endividamento aumente no contexto familiar. O presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, Laércio Oliveira, comentou o resultado da PEIC, lembrando os fatores que contribuem para o fenômeno econômico.

“Quando houve o período mais acentuado da pandemia, as lojas estiveram fechadas, o que levou a uma grande queda no volume de vendas do comércio. À medida em que as lojas foram retomando seu funcionamento, as pessoas voltaram gradativamente às compras e isso provocou uma volta na elevação do endividamento famílias. Desde o início do ano esse indicador tem aumentado, mas isso é bom para a economia, porque mostra que o público está utilizando modalidades de compra em crédito para adquirir bens para suas casas e famílias. O endividamento não é ruim para as pessoas, pois é um termômetro que aumentou a movimentação comercial do estado”, disse Laércio Oliveira.

As famílias endividadas com contas em atraso também tiveram oscilação percentual positiva, com o crescimento de +2,2%, atingindo 28,9% do total de endividados. Já a condição de inadimplência está em condição de estabilidade, com 7% do total. Laércio Oliveira afirmou que a educação financeira das pessoas tem levado as famílias a índices baixos de inadimplência.

“O grande problema que decorre do endividamento é a inadimplência, com certeza. Entretanto, temos visto pouca variação percentual atualmente, com uma grande queda ao longo dos últimos anos. Não estamos repetindo percentuais de 20, 25% como há alguns anos. Hoje estamos estáveis na faixa de 6, 7% e isso mostra que as famílias desenvolveram educação financeira para o consumo, evitando comprar mais do que podem pagar. Isso garante sua sobrevivência no mercado de consumo e a melhor administração dos recursos financeiros de casa”, comentou.

As duas modalidades de endividamento mais comuns das famílias sergipanas são o cartão de crédito, com 94,6% e os carnês de compra, com 21%. Esses meios de pagamento indicam que há uma elevação no consumo em lojas do varejo. Segundo a Associação Brasileira de Cartões de Crédito e Serviços (ABECS), houve um aumento de 52% nas compras com cartões no último trimestre.

 

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