Cerveja artesanal reduz ritmo de expansão no Brasil


A recessão econômica prolongada começou a pesar sobre o mercado de cervejas artesanais e a obrigar microcervejeiros a mudar suas fórmulas para produzir bebidas mais baratas. A categoria, que crescia a taxas anuais entre 30% e 40%, cresce neste ano a um ritmo pouco acima dos 10%, de acordo com fontes do setor. As vendas, antes concentradas em rótulos de R$ 30 a R$ 50 por litro, agora são mais fortes nas linhas de R$ 20.

“A instabilidade política trouxe instabilidade também no consumo, que mudou de patamar. Os consumidores têm preferido cervejas artesanais mais baratas e o consumo não cresceu como esperávamos. Cervejas abaixo de R$ 20 o litro são as mais procuradas. As cervejas acima desse valor demoram mais para sair”, disse Marcelo Saraiva, presidente da Bier Hub, aceleradora de microcervejarias.

A Bier Hub faz acordos com cervejeiros artesanais para produzir seus rótulos e fazer a venda em escala nacional. Em um ano, a Bier Hub produziu 16 mil litros de cerveja de 11 cervejeiros. A empresa cresce 20% ao mês em vendas, mas esperava avançar 50%. Eduardo Passarelli, professor do Instituto da Cerveja e da Associação Brasileira de Sommeliers e sócio do bar Jiló do Periquito, diz que a principal mudança é a busca dos consumidores por cervejas com preços mais baixos. “Até o ano passado, alguns rótulos que custavam de R$ 50 a R$ 100 o litro vendiam bem; hoje, têm saída muito baixa”, afirma. De acordo com Passarelli, boa parte dos cervejeiros começou a adaptar o portfólio de cervejas para reduzir custos e oferecer o produto a preços mais baixos.

O segmento

O segmento artesanal representa 0,7% do setor cervejeiro, segundo dados do Instituto da Cerveja. A expectativa é que esse percentual aumente para 9% até 2022. A produção da categoria é estimada em 124 milhões de litros por ano. Em 2016, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 148 novas cervejarias foram criadas no país, somando 522 empresas. O crescimento foi de 39,6% no número de companhias.

Valor Econômico

Cerveja artesanal reduz ritmo de expansão no Brasil


A recessão econômica prolongada começou a pesar sobre o mercado de cervejas artesanais e a obrigar microcervejeiros a mudar suas fórmulas para produzir bebidas mais baratas. A categoria, que crescia a taxas anuais entre 30% e 40%, cresce neste ano a um ritmo pouco acima dos 10%, de acordo com fontes do setor. As vendas, antes concentradas em rótulos de R$ 30 a R$ 50 por litro, agora são mais fortes nas linhas de R$ 20.

“A instabilidade política trouxe instabilidade também no consumo, que mudou de patamar. Os consumidores têm preferido cervejas artesanais mais baratas e o consumo não cresceu como esperávamos. Cervejas abaixo de R$ 20 o litro são as mais procuradas. As cervejas acima desse valor demoram mais para sair”, disse Marcelo Saraiva, presidente da Bier Hub, aceleradora de microcervejarias.

A Bier Hub faz acordos com cervejeiros artesanais para produzir seus rótulos e fazer a venda em escala nacional. Em um ano, a Bier Hub produziu 16 mil litros de cerveja de 11 cervejeiros. A empresa cresce 20% ao mês em vendas, mas esperava avançar 50%. Eduardo Passarelli, professor do Instituto da Cerveja e da Associação Brasileira de Sommeliers e sócio do bar Jiló do Periquito, diz que a principal mudança é a busca dos consumidores por cervejas com preços mais baixos. “Até o ano passado, alguns rótulos que custavam de R$ 50 a R$ 100 o litro vendiam bem; hoje, têm saída muito baixa”, afirma. De acordo com Passarelli, boa parte dos cervejeiros começou a adaptar o portfólio de cervejas para reduzir custos e oferecer o produto a preços mais baixos.

O segmento

O segmento artesanal representa 0,7% do setor cervejeiro, segundo dados do Instituto da Cerveja. A expectativa é que esse percentual aumente para 9% até 2022. A produção da categoria é estimada em 124 milhões de litros por ano. Em 2016, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 148 novas cervejarias foram criadas no país, somando 522 empresas. O crescimento foi de 39,6% no número de companhias.

Valor Econômico