No levantamento do NE, cidade registra índice de 22,6%, o maior entre as capitais em 12 meses. Feijão aumenta mais de 90% e leite, 79,9%
A capital sergipana é responsável pelo maior índice de aumento da cesta básica do Nordeste. Entre os alimentos considerados essenciais ao consumo do brasileiro, dois produtos registraram a maior alta acumulada em 12 meses: o feijão e o leite. Em Aracaju, a dupla de itens entra na conta reversa ao movimento de deflação verificado de forma geral nas Regiões do país.
Os dados são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Submetidas a análise, as informações integram o boletim Diário Econômico, do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste.
Maior alta do feijão
O produto que mais subiu de preço, na análise dos principais itens, é o feijão. Com alta expressiva em todas as capitais, o alimento obteve índices progressivos que variaram da faixa de 70,4% em João Pessoa até o índice de 93,3% em Aracaju.
O leite também registrou o maior aumento na capital sergipana (79,9%), embora do mesmo modo tenha obtido alta de preços em todas as capitais nordestinas. A menor variação do produto foi encontrada em Natal (22,7%),
Cesta básica
Na verificação geral, Aracaju mudou de posição. A cidade saiu do 4º para o 2º lugar entre as cestas básicas mais baratas. O preço na capital, em fevereiro, é de R$ 344,72. Esse valor difere R$ 0,66 da mais barata do Nordeste: Recife.
Frente aos demais nordestinos, os aracajuanos pagam 22,6% mais pela cesta básica em 12 meses, tomando como referência o valor da cesta regional, que custa R$ 364,70. Na virada da folha mensal, Aracaju (-3,5%) e outras seis capitais do Nordeste tiveram variações negativas: Maceió (-5,1%), Salvador (-2,9%), Teresina (-1,2%), João Pessoa (-1,1%) e Recife (-0,7%). E em apenas duas cidades ocorreram aumentos da cesta básica: Natal (+0,6%) e São Luis (+0,1%).
Na Região como um todo, foi observada redução de 2,1% do valor da cesta básica em fevereiro. Esse movimento deflacionário é atribuído a variações negativas no preço da carne (-2,1%, com peso de 28,3% na cesta mensal), do tomate (-6,1%, com peso de 10,2% na cesta mensal); do feijão (-15,7%, com peso de 7,5% na cesta mensal) e do leite (-2,3%, com peso de 6,2% na cesta mensal).
Em sentido contrário, há variações positivas nos preços de três alimentos da mesa do nordestino: manteiga (+4,2%), banana (+3,4%) e óleo (+2,9%).
Ascom BNB