Empresas aéreas brasileiras transportaram 98,9 milhões de passageiros pagos em 2017


Em recuperação, demanda e oferta têm maior crescimento em voos internacionais

As empresas aéreas brasileiras transportaram, em voos domésticos e internacionais, um total de 98.984.771 passageiros pagos em 2017. O número representa uma elevação de 2,93% em relação aos 96.162.612 passageiros pagos que usaram o transporte aéreo em 2016. Em recuperação, demanda e oferta se expandiram no mercado doméstico e no internacional, que proporcionalmente deu uma contribuição maior para a retomada do crescimento.

De acordo com dados do relatório Demanda e Oferta do Transporte Aéreo – Empresas Brasileiras, divulgado nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), 8.357.924 passageiros pagos foram transportados por empresas brasileiras em voos internacionais com origem ou destino no Brasil, representando uma alta de 11,7% em relação a 2016, quando o número foi de 7.485.043. No mercado doméstico, os embarques cresceram 2,2% em 2017, passando de 88.677.569 passageiros para 90.626.847.

Mercado internacional

No acumulado do ano, em comparação com igual período de 2016, a demanda internacional das empresas brasileiras cresceu 12% em termos de RPK (passageiros-quilômetros pagos transportados) e a oferta avançou 10,6% em ASK (assentos-quilômetros ofertados). Em dezembro de 2017, o indicador apresentou aumento de 10,5%, sendo o 15º mês consecutivo de alta, enquanto a oferta cresceu 11,7%, o 14º aumento seguido. No mês, foram transportados 776 mil passageiros pagos em voos internacionais por empresas brasileiras, maior nível para o período na série histórica iniciada em 2000.

Na participação do mercado internacional entre as empresas aéreas brasileiras, a Latam alcançou 67% do RPK para o mês de dezembro de 2017, tendo registrado baixa de 5,8% em sua demanda. A Azul obteve 15,9% de participação e crescimento de 61,1% no RPK em comparação a dezembro de 2016, enquanto a Gol alcançou a fatia de 11,2% (com aumento de 19,5% no RPK). A Avianca foi a quarta empresa aérea nesse mercado, passando de uma participação praticamente nula até maio de 2017 para 5,9% da demanda internacional de passageiros em dezembro de 2017.

Imagem: Divulgação/Mais Uma Engenharia

A taxa de aproveitamento de assentos nos voos internacionais em dezembro de 2017 foi de 82,9%, o que representou redução de 1,1% na comparação com o mesmo mês de 2016. Foi a quinta baixa consecutiva do indicador após sequência de 14 meses de alta. Mas, ao considerar o ano de 2017 como um todo, o indicador acumulou alta de 1,3% na comparação com 2016, atingindo o patamar de 84,8%, maior nível anual da série histórica iniciada em 2000.

Acompanhando a expansão no movimento de passageiros pagos, o transporte de carga em voos internacionais também cresceu. Foram transportadas em dezembro 23.232 toneladas, um aumento de 21,4% ante o mesmo mês de 2016 (oitava alta consecutiva) e o maior nível para o indicador desde o início da série histórica iniciada em 2000. Em 2017, a carga total transportada em voos internacionais pelas empresas brasileiras foi de 226,7 mil toneladas, representando um aumento de 23,4% na comparação com 2016, também um recorde.

Mercado doméstico

No mercado doméstico, o transporte aéreo de passageiros manteve, em dezembro, alta nos índices de demanda e oferta. Em dezembro de 2017, a demanda (em passageiros-quilômetros pagos transportados, RPK) registrou aumento de 5,7%, comparada com o mesmo mês de 2016. Foram transportados 8,3 milhões de passageiros pagos em voos domésticos – uma variação positiva de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. A oferta (em assentos-quilômetros ofertados, ASK), na mesma comparação, registrou crescimento de 3,2%, a sexta alta consecutiva do indicador.

No ano, a demanda por voos domésticos acumulou alta de 3,2% e a oferta, um crescimento acumulado de 1,4%, ante retrações de 5,7% e 5,9%, respectivamente, verificadas no ano anterior.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2017, a Gol apresentou 36,2% de participação no RPK doméstico e a Latam obteve 32,6%, representando variações de 0,5% e -6,2%, respectivamente, na comparação com 2016. A Azul alcançou participação de 17,8%, enquanto a Avianca respondeu por 12,9% da demanda doméstica, configurando crescimento de 4,5% e 12,8%, respectivamente. A participação das concorrentes das duas líderes de mercado avançou 6,7% na comparação com 2016, respondendo por 31,2% da demanda doméstica em 2017.

Avianca, Gol, Azul e Latam apresentaram variações em suas demandas (RPK) no mês de dezembro, em relação ao mesmo período de 2016, de 12,7%, 7,2%, 4,8% e 2,3%, respectivamente.

A taxa de aproveitamento dos assentos das aeronaves nos voos domésticos em dezembro foi de 83,2%, o que representou alta de 2,4% frente ao mesmo mês do ano anterior. Em sua quinta alta consecutiva, o indicador alcançou seu maior nível para dezembro na série histórica iniciada em 2000. No acumulado dos 12 meses do ano, a taxa de aproveitamento foi de 81,5%, com variação positiva de 1,8% em relação ao mesmo período de 2016 e também um recorde anual, considerada a série histórica iniciada em 2000.

Em dezembro de 2017, a carga transportada nos voos domésticos atingiu 42.525 toneladas, o que representou crescimento de 7,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior (quinta alta consecutiva). Entre janeiro e dezembro, houve crescimento acumulado de 1,8% no total de cargas transportadas em voos domésticos em relação a 2016, atingindo 426,1 mil toneladas.

Todos os dados estão disponíveis no relatório Demanda e Oferta do Transporte Aéreo – Empresas Brasileiras, que pode ser acessado na seção Dados e Estatísticas do portal da ANAC. O relatório é elaborado com base nas operações regulares e não regulares das empresas brasileiras de serviços de transporte aéreo público.

*Ressalva-se que as informações de carga referentes a abril de 2017 da empresa aérea Latam foram consideradas inexatas, motivo pelo qual foi aberto um processo administrativo para apuração de infração por descumprimento da Resolução nº 191/2011 e da Portaria nº 1189/SRE/2011, que regulamentam o fornecimento dos dados estatísticos de voos à ANAC.

Assessoria Anac