Resultados das Exportações Brasileiras – janeiro a agosto de 2016


Saumíneo Nascimento

Conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações brasileiras, no acumulado janeiro-agosto de 2016, registraram retração de 4,9% em relação a igual período de 2015. As vendas de produtos básicos caíram 9,2% e os manufaturados 1,1%, enquanto cresceram as vendas de semimanufaturados (+2%). No grupo dos básicos, houve diminuição de receita de petróleo em bruto (-30,4%), café em grão (-24,8%), minério de ferro (-19,3%), minério de cobre (-18,7%), carne de frango (-6,4%), e farelo de soja (-5,3%) e cresceram as vendas de milho em grão (+63,2%), algodão em bruto (+27,7%) e carne suína (+6,4%). No grupo dos manufaturados, houve retração principalmente em autopeças (-24,7%), laminados planos (-23,4%), motores e geradores elétricos (-21,3%), motores p/veículos e partes (-19,5%), e óxidos e hidróxidos de alumínio (-12,5%). Por outro lado, cresceram as exportações de plataforma para extração de petróleo (+133,9%), tubos flexíveis de ferro e aço (+51%), etanol (+45,7%), automóveis de passageiros (+33,7%), veículos de carga (+21,5%), suco de laranja não congelado (+15,6%) e aviões (+13,8%). Em relação aos produtos semimanufaturados, os maiores aumentos ocorreram nas vendas de: ouro em forma semimanufaturada (+31,3%), açúcar em bruto (+30%), catodos de cobre (+26,2%) e madeira serrada (+11,2%). Por mercados compradores, decresceram as vendas para os principais destinos como América Central e Caribe (-27,2%), Mercosul (-12,2%), Estados Unidos (-9,3%), África (-8,8%), União Europeia (-2,4%), e Ásia (-2,3%). Cresceram as vendas para Oceania (+6,2%). Os principais países de destino das exportações, nos oito primeiros meses deste ano foram China (US$ 27,5 bilhões), Estados Unidos (US$ 15,0 bilhões), Argentina (US$ 8,8 bilhões), Países Baixos (US$ 7,3 bilhões) e Alemanha (US$ 3,2 bilhões).

Relações Brasil X China – Conforma divulgado pelo Ministério da Justiça, a Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Cidadania (Senacon/MJC) celebrou, no dia 1° deste mês, acordo de cooperação internacional com a Administração Estatal para Indústria e Comércio da China (SAIC). Na ocasião, foi assinado o Memorando de Entendimento sobre Cooperação na área de proteção ao consumidor, fruto do estreitamento das relações entre a Senacon e a SAIC na área de defesa do consumidor, desde 2014.  O Memorando de Entendimento visa a uma cooperação geral na área, com foco na área de comércio eletrônico e temas correlatos, além do intercâmbio de informações e experiências em regulação e legislação aplicável à defesa do consumidor. Participaram da assinatura o secretário nacional do Consumidor, Armando Rovai, e o diretor do Departamento de Proteção de Defesa do Consumidor, André Luiz Lopes dos Santos.  Durante a reunião foi feita a apresentação institucional da Senacon, com um breve relato da defesa do consumidor no Brasil, a atuação do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e algumas ferramentas desenvolvidas pela Senacon, como o Consumidor.gov.br e o Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).  A delegação chinesa também apresentou o funcionamento da defesa do consumidor na China e os diversos canais e instâncias de atendimento ao consumidor no país. O vice-ministro da SAIC, MA Zhengqi, parabenizou o secretário Rovai e a equipe da Senacon pelo trabalho desenvolvido e pelo sistema de proteção ao consumidor no Brasil.  Como parte da visita institucional, a delegação chinesa participou, na sexta-feira, 2, de reunião na Fundação Procon São Paulo. A visita visa à apresentação da proteção ao consumidor em âmbito local, além da troca de experiências dos órgãos de ambos os países.

Pessoas Refugiadas – Uma Crise Mundial – Segundo a Organização Internacional – Anistia Internacional, mais de 19,5 milhões de pessoas tiveram de deixar suas casas ao redor do mundo para tentar salvar suas vidas. Em 2015, mais de 5.900 pessoas morreram no mar em busca de segurança. Para a AnistiaInternacional, estamos vivendo uma das maiores crises humanitárias do nosso tempo. E na opinião da entidade, em vez de enfrentá-la, os governos estão fechando os olhos e virando as costas. Em vez de encontrar soluções, eles estão deixando o medo e o racismo envenenarem o debate público. Para a Anistia Internacional nós não podemos ficar em silêncio enquanto a vida e o futuro das pessoas são destruídos. A entidade entende que ninguém deve correr o risco de morrer apenas para atravessar uma fronteira buscando segurança. Essas pessoas fugiram de bombas e perseguições movidas pela esperança de que outros países iriam respeitar seus direitos humanos e acolhê-las. Não podemos decepcioná-las! A entidade é enfática em afirmar que é hora nos posicionarmos a favor dos direitos das pessoas refugiadas. Para isso, a Anistia Internacional está conclamando a população mundial a assinar um manifesto, a ser entregue a diversas às autoridades, da seguinte forma:

“Eu quero que as pessoas que precisam sair de seus países tenham uma travessia segura e que sejam devidamente reassentadas. Quero que essas pessoas sejam bem recebidas e estou pronto/a para falar sobre isso e para pressionar meu governo a acolhê-las.”

Em setembro, líderes mundiais vão se reunir durante a Assembleia Geral da ONU para discutir como compartilhar a responsabilidade sobre a segurança e o acolhimento de pessoas refugiadas. E este chamado da Anistia Internacional é um chamado para a vida, pensem nisso.