Relações Comerciais Brasil X Tunísia


Saumíneo Nascimento

Conforme informado e divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), ocorreu em Brasília em 27/04/2017, uma reunião com o Secretario-Executivo do MDIC e, com o ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Khemaies Jhinaoui, que estava acompanhado do Embaixador da Tunísia no Brasil, Mohamed Heidi Soltani.  Durante a reunião, foram discutidas formas de ampliar as relações comerciais e os investimentos bilaterais.  O secretário-executivo do MDIC informou que o Brasil está aprovando reformas para melhorar o ambiente de negócios e que o país tem a expectativa de assinar, em breve, um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos (ACFI) com a Tunísia, em negociação desde 2014. O objetivo do ACFI é apoiar o processo de internacionalização de empresas brasileiras através de instrumentos que facilitem o fluxo de capitais, mitiguem riscos e previnam controvérsias. De acordo com o MDIC, em 2016 o Brasil exportou para a Tunísia US$ 197 milhões e importou daquele país US$ 47 milhões em bens, com superávit de US$ 149,6 milhões para o Brasil. Vendemos para a Tunísia, principalmente, açúcar em bruto (52% do total exportado), soja (6,8%), café cru em grão (6%), e óleo de milho em bruto (5,2%). Compramos da Tunísia adubos ou fertilizantes (33%), fluoretos (13%) e partes de aparelhos transmissores e receptores (8,6%), entre outros produtos.

Eximbank of India BRICS Economic Research Award – A Associação Brasileira de Relações Exteriores (ABRI) informou em seu site que está aberta a segunda edição do Eximbank of India BRICS Economic Research Award. O Banco concederá premiação no valor de 1,5 milhão de Rúpias (aproximadamente US$ 20 mil) à melhor tese de doutorado nas áreas de economia, comércio internacional, desenvolvimento e mecanismos de financiamento. A premiação ocorrerá durante a IX Cúpula do BRICS, de 3 a 5 de setembro de 2017, em Xiamen, na China. Serão aceitos trabalhos de autores nacionais de países do BRICS, apresentados entre janeiro de 2012 e março de 2017. Os originais devem ter sido escritos em inglês ou no idioma oficial de um dos países do BRICS, acompanhado de tradução para o inglês. As inscrições devem ser enviadas ao endereço eletrônico fornecido pelo Banco, www.eximbankindia.in/awards>. O Banco receberá inscrições até o dia 10 de maio de 2017. O ganhador do primeiro concurso foi o pesquisador brasileiro Dr. João Prates Romero, pelo trabalho intitulado “Technical Progress and Structural Change: The Roles of Demand and Supply in Economic Growth”. A premiação foi entregue em outubro de 2016, por ocasião da VIII Cúpula do BRICS em Goa.

Reservas internacionaisConforme informado pelo Banco Central do Brasil, em março de 2017, as reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$ 375,3 bilhões, redução de US$ 20 milhões em relação ao mês anterior. O estoque de linhas com recompra atingiu US$ 5,2 bilhões, recuo de US$ 1,2 bilhão, comparativamente à posição de fevereiro. A receita de remuneração das reservas somou US$ 314 milhões em março, enquanto as variações por preços e paridades contribuíram para modificar o estoque com reduções de US$ 454 milhões e US$ 47 milhões, na ordem. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$ 370,1 bilhões em março, aumento de US$ 1,1 bilhão em relação ao mês anterior.

Brasileiros terão mais acesso a provas judiciais produzidas no exterior – Conforme divulgado pelo Ministério da Justiça, foi publicado no dia 28/04/2017, no Diário Oficial da União, o Decreto Nº 9.039, que promulga a Convenção sobre a Obtenção de Provas no Estrangeiro em Matéria Civil ou Comercial. O documento é oriundo da Conferência da Haia sobre Direito Internacional Privado. O texto integral está disponível no site Planalto. A Convenção trará facilidades para cidadãos e empresas brasileiras conseguirem provas em 59 países para os seus processos judiciais em matéria civil e comercial. O mesmo acontecerá no Brasil para que pedidos internacionais também sejam atendidos mais rápida e efetivamente. Outros países estão estudando a possibilidade de adesão à Convenção, o que deve ampliar ainda mais o seu campo de aplicação.  Na prática, uma mãe que precise resolver uma questão judicial de guarda do seu filho, por exemplo, poderá fazer o pedido com base na Convenção para que o pai seja ouvido no exterior. “As fronteiras não podem impedir o exercício de direitos dos cidadãos e das empresas brasileiras. É preciso facilitar a vida de quem precisa fazer o seu direito valer e depende de uma medida judicial no exterior”, ressalta o diretor do DRCI/SNJ, Luiz Ungaretti. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por intermédio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, da Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania (DRCI/SNJ), será responsável por tramitar os pedidos de auxílio jurídico que utilizem a nova Convenção.