Notas do Banco Central sobre o Setor Externo da Economia Brasileira


Saumíneo Nascimento

I – Balanço de pagamentos – Outubro de 2016

Repassarei aos leitores, a integra de uma parte do que foi divulgado pelo Banco Central do Brasil, referente ao setor externo da economia brasileira na base de outubro/2016: De acordo com o Banco Central do Brasil, as transações correntes apresentaram deficit de US$3,3 bilhões, acumulando, nos últimos doze meses, deficit de US$22,3 bilhões, equivalente a 1,25% do PIB. Na conta financeira, as captações líquidas superaram as concessões líquidas em US$3,2 bilhões, destacando-se os ingressos líquidos de US$8,4 bilhões em investimentos diretos no país e a redução de US$1,7 bilhão nos passivos de investimentos em carteira. A conta de serviços apresentou despesas líquidas de US$2,8 bilhões no mês, mesmo patamar de outubro de 2015. Na mesma base de comparação, cresceram as despesas líquidas de serviços de propriedade intelectual, 17,8%, e recuaram aquelas relativas a aluguel de equipamentos e transportes, respectivamente, 18,6 e 9,3%. A conta de viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$988 milhões, aumento de 80%, no mesmo período comparativo. As receitas com viagens decresceram 4,3%, enquanto as despesas subiram 41,9%, relativamente a outubro de 2015.

II – Reservas internacionais

O estoque de reservas internacionais no conceito liquidez totalizou US$375,4 bilhões em outubro de 2016, redução de US$2,4 bilhões em relação ao mês anterior. O estoque de linhas com recompra atingiu US$7,9 bilhões em outubro de 2016, crescimento de US$525 milhões, quando comparado à posição do mês anterior. Em outubro, a receita de remuneração das reservas somou US$255 milhões, enquanto as variações por preços e por paridades reduziram o estoque de reservas em US$836 milhões e US$1,7 bilhão, na ordem. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$367,5 bilhões em outubro, redução de US$2,9 bilhões em relação ao mês anterior.

III – Dívida externa

A posição da dívida externa bruta estimada para outubro de 2016 totalizou US$335,4 bilhões, redução de US$1,1 bilhão em relação ao montante referente a junho de 2016. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$269,5 bilhões, redução de US$3,2 bilhões, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$65,9 bilhões, aumento de US$2,1 bilhões, no mesmo período comparativo. Dentre os determinantes da variação da dívida externa de longo prazo no período, cabe mencionar as amortizações de empréstimos de empresas não financeiras, US$4,4 bilhões, e os desembolsos de títulos do governo, US$1,5 bilhão. A variação da dívida externa de curto prazo no período decorreu, principalmente, dos desembolsos de empréstimos de US$1,8 bilhão recebidos pelo setor financeiro.

Mapa e OIE assinam acordo de cooperação com duração de dois anos

Conforme divulgado pelo Ministério da Agricultura, o ministro Blairo Maggi, assinou no dia 21/11/2016, acordo de cooperação com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), representada por sua diretora-geral, Monique Eloit. O acordo permite ativa participação do Brasil na gestão da OIE. O acordo prevê ainda o repasse de valor equivalente a 1 milhão de euros (R$ 3,56 milhões), para programas de prevenção à febre aftosa e para melhoramento dos sistemas de auditorias sanitárias privadas. Os recursos são da iniciativa privada e serão divididos em seis parcelas. O ministério coordenará as ações, que serão executadas a partir de janeiro de 2017, em um programa com duração de dois anos. As medidas devem estar de acordo com as normas do Fundo Mundial da OIE para Saúde e Bem-Estar dos Animais. O acordo do Brasil com a OIE prevê cinco frentes de atuação: erradicação da febre aftosa nas Américas; apoio à erradicação e prevenção do mormo (doença que afeta os equinos); respaldo aos escritórios da OIE; assistência aos novos países membros da OIE na região, e, contribuição à compra da sede da OIE em Paris, França. Segundo a diretora-geral da OIE, Monique Eloit, o Brasil está muito próximo da erradicação total da aftosa e tem papel muito importante em auxiliar no controle da doença nos países americanos. “A OIE também está centrando esforços na limitação do uso dos antimicrobianos (para evitar a resistência) e, nos próximos meses, deverão ser criados regulamentos restringindo o comércio desses produtos”, explicou Monique Eloit.