Balança Comercial de 2016 alcança superávit de US$ 47,7 bilhões


Saumíneo Nascimento

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulgou no dia 02/01/2017 o resultado da balança comercial brasileira em 2016. Com exportações de US$ 185,244 bilhões e importações de US$ 137,552, o superávit foi de US$ 47,692 bilhões, melhor resultado da história. O maior saldo comercial registrado anteriormente havia sido em 2006, quando alcançou US$ 46,5 bilhões. No ano, as exportações apresentaram média diária de US$ 738 milhões, valor que foi 3,5% menor que o registrado em 2015 (US$ 764,5 milhões). No período, houve crescimento de produtos semimanufaturados (5,2%) e manufaturados (1,2%). Enquanto caíram as vendas externas de básicos (-9,6%). Em 2016, ocorreu um volume recorde de exportações em vários produtos importantes como carne de frango, celulose, suco de laranja. Esses volumes recordes ajudaram no desempenho positivo”, disse Abrão Neto, Secretário de Comércio Exterior do MDIC.

DESEMPENHO DAS EXPORTAÇÕES – No grupo de produtos industrializados, que engloba os semimanufaturados e os manufaturados, os principais destaques foram açúcar em bruto (39,8%), ouro em forma semimanufaturada (31,1%) e madeira serrada (17,4%), plataformas de petróleo (86,9%), automóveis de passageiros (38,2%), veículos de carga (27,1%), açúcar refinado (23,2%), suco de laranja não congelado (9,5%), aviões (6%), tubos flexíveis de ferro e aço (4,3%), máquinas para terraplanagem (3,9%), calçados (3,5%), polímeros plásticos (3,3%) e pneus (3,1%). Com relação à exportação de produtos básicos, os produtos que mais impactaram o desempenho do grupo foram: milho em grão (-26,3%), petróleo em bruto (-14,8%), café em grão (-13,2%), farelo de soja (-11,1%), soja em grão (-8,2%), carne bovina (-7,2%) e algodão em bruto (-6,2%). Por mercados, decresceram as vendas para os principais destinos. Os principais países de destino das exportações, no ano, foram: China (US$ 37,4 bilhões), Estados Unidos (US$ 23,2 bilhões), Argentina (US$ 13,4 bilhões), Países Baixos (US$ 10,3 bilhões) e Alemanha (US$ 4,9 bilhões).

BRASIL E ALEMANHA DISCUTEM COOPERAÇÃO NA ÁREA DE INFRAESTRUTURA DA QUALIDADE – Conforme divulgado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – INMETRO, a instituição recebeu uma delegação da Alemanha, formada por integrantes do Ministério Federal da Economia e da Energia (BMWi) e da Agência Alemã de Cooperação (GIZ). O objetivo foi discutir uma proposta de cooperação entre os dois países na área de Infraestrutura da Qualidade e identificar pontos de sinergia que possam ser trabalhados conjuntamente. De acordo com presidente do Inmetro, Carlos Augusto de Azevedo, a cooperação internacional é fundamental para o desenvolvimento comercial e industrial do Brasil. “A convergência regulatória é cada vez mais forte no mundo e países que não se desenvolverem nessa área certamente terão problemas comerciais”, afirmou. O subsecretário para Normatização, Padronização e Segurança do BMWi, Helge Engelhard, destacou a importância de se estabelecer bases para cooperação de longo prazo com o Inmetro, uma marca reconhecida não só no Brasil como na Alemanha. Para o subsecretário, o desafio, hoje, é estabelecer como lidar, simultaneamente, com a economia antiga – das máquinas e instrumentos – e com a nova economia – digital, de serviços. “Para o desenvolvimento da indústria 4.0, estão acontecendo coisas novas e precisamos de novos padrões, de normas, de avaliação da conformidade”, exemplificou. Ele ressaltou que é importante estabelecer uma base regulatória sem dificultar, no entanto, o desenvolvimento da indústria. O projeto proposto pela agência alemã de cooperação é baseado em outros dois já realizados pelo país em parceria com a China e com a Índia. O principal objetivo é criar uma plataforma de diálogo sobre temas de interesse mútuo sobre barreiras técnicas ao comércio, reforçando o intercâmbio econômico entre Brasil e Alemanha.

REDE DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS – Para o Ministério da Justiça, o tráfico de pessoas é um crime complexo e transnacional, e entende o Ministério que para que haja um efetivo enfrentamento a esse crime, torna-se fundamental o processo de articulação, descentralização e participação de todos os segmentos da sociedade, de forma a estabelecer um pacto federativo entre os distintos poderes e níveis de governo, em parceria com a sociedade civil organizada, institutos de pesquisa e organismos internacionais.  A esse conjunto instituições e atores envolvidos no processo denomina-se, de forma genérica, Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.  Compondo a Rede de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, destaca-se a atuação da Rede de Núcleos de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Postos Avançados de Atendimento Humanizado ao Migrante, bem como dos Comitês Estaduais de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Essas instituições, de acordo com suas respectivas atribuições, são responsáveis por materializar os princípios da Política Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas nos estados e municípios.