Petrobras reduz em 2% preço da gasolina nas refinarias

O preço médio do diesel, por sua vez, não sofrerá alterações

Petrobras reduz em 2% preço da gasolina nas refinarias
Imagem: Paulo Whitaker / Reuters

A Petrobras reduziu o preço médio da gasolina nas refinarias em cerca de 2%, para R$ 2,53 por litro, desde sábado (12), em seu primeiro reajuste de valores desde o início de maio, informou a assessoria de imprensa da petroleira. O preço médio do diesel, por sua vez, não sofrerá alterações.

O preço médio do diesel a distribuidoras, por sua vez, não sofrerá alterações e será mantido a R$ 2,71 por litro. Os valores se referem aos preços cobrados nas refinarias. As distribuidoras e os postos são livres para decidir se e como repassarão a mudança para o consumidor final. 

Foi o segundo reajuste feito na gasolina pela gestão do presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que tomou posse em 19 de abril, em substituição à Roberto Castello Branco, que deixou a empresa devido a descontentamento de Jair Bolsonaro com mudanças mais frequentes nas cotações efetuadas pela administração anterior. 

“Importante reforçar o posicionamento da Petrobras que busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais”, disse a empresa em nota. 

“Nossos preços seguem buscando o equilíbrio com o mercado internacional e acompanham as variações do valor dos produtos e da taxa de câmbio, para cima e para baixo”, acrescentou a Petrobras. 

A empresa destacou ainda que os reajustes são realizados a qualquer tempo, sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo. 

Anteriormente, a companhia havia reduzido a gasolina e o diesel, combustível mais consumido do Brasil, em 1º de maio. Apesar dos recuos, o valor médio da gasolina da Petrobras acumula alta de 37% neste ano, enquanto o diesel, de 34%, segundo cálculos da Reuters. 

Impacto do câmbio

A queda foi possível apesar de um salto de cerca de 8% nos preços do barril do petróleo Brent, desde 1º de maio. Isso porque o dólar, outro indicador importante para calcular a paridade de importação, recuou aproximadamente 6% ante o real no mesmo período. 

“Apesar da alta robusta do petróleo, o efeito do dólar foi mais forte e permitiu o ajuste para baixo”, disse o Head de Renda Variável da Valor Investimentos, Romero Oliveira, pontuando que o reajuste foi um indicativo de que a Petrobras mantém sua política que busca seguir a paridade de importação. 

O presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, afirmou que a gasolina da Petrobras está agora com uma defasagem de 9 centavos. Nas contas da Abicom, o diesel está 2% abaixo da paridade de importação. 

O impacto de alterações nos preços dos combustíveis feitas pela Petrobras nas refinarias sobre os consumidores finais, nos postos, não é imediato e depende de uma série de questões, como impostos, margens de distribuidores e revendedores, além da adição de biocombustíveis. 

 

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