O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou avanço de +1,2% no 2º trimestre de 2022 em comparação ao 1º trimestre, fechando +2,3% no primeiro semestre deste ano. Em relação ao mesmo trimestre de 2021, o crescimento foi de +3,2%. Em valores correntes, o PIB do segundo trimestre totalizou R$ 2,4 trilhões. Esse dado é muito importante para podermos entender como está a situação econômica do país diante de constantes reclamações de elevação de preços dos produtos e serviços, mas que em contrapartida, apresenta elevação considerável no estoque de trabalhadores com carteira assinada, assim como uma baixa taxa de desocupação, de acordo com a Pnad Contínua, do IBGE.
A recuperação econômica nacional é perceptível quando se observa a elevação do PIB da indústria, que cresceu de +2,2%. O comércio elevou em +1,7%, já o setor de serviços (totalizado), também apontou uma elevação interessante de +1,3%, e nos serviços prestados às famílias, a elevação fora de +3,3%. O agronegócio, apresentou aumento de +0,5%.
Isso mostra que o país está se comportando bem economicamente diante do cenário de instabilidade política e econômica internacional. Pois na contramão de tudo que acontece lá fora, estamos em uma forte conquista de novos postos de trabalho, sendo que Sergipe aumentou seu contingente de trabalhadores celetistas em quase 3 mil nos últimos seis meses. Ou seja, a massa salarial real, que é responsável pelas despesas de consumo das famílias, fez com que os investimentos com compras aumentassem +5,3% nesse segundo trimestre.
As famílias estão consumindo mais porque estão com mais pessoas empregadas e isso é o resultado de um bom trabalho que atribuo aos governos estadual e federal, além dos empresários, que são a base da cadeia produtiva e os responsáveis pela geração de novos postos de trabalho. Quanto mais investimentos em consumo, mais empregos serão gerados.
Dados do IPC MAPS apontaram que Sergipe consumiu mais de 44 bilhões de reais no ano de 2021, e isso tende a sofrer uma oscilação positiva considerável neste ano. Há de se ponderar também que fatores como o saque especial do FGTS, elevação do valor do Auxílio Brasil e antecipação da primeira parcela do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS foram fortes contribuintes para isso. Com a elevação no consumo, mais riquezas circulam em nossa economia, assim a retroalimentando.
Todo esse crescimento é reflexo da elevação no consumo das famílias no setor de serviços, que desde sua volta às ações presenciais, apresentam grande crescimento, já que havia uma grande demanda represada durante o período da pandemia e que está mais fluído agora. Assim como o crescimento das compras no comércio de atacado que atende a elevação constante das demandas do varejo, que tem no consumidor como ponto final da cadeia.