Rodrigo Rocha
Superintendente do IEL/SE
Os resultados econômicos de 2017 de uma forma geral foram positivos e, apesar de tímidos, tiveram um impacto importante nas expectativas, permitindo estimativas mais otimistas para 2018. Mas, afinal de contas, o que esperar para este ano? Será que este ano finalmente será marcado pelo retorno de resultados mais robustos?
Inicialmente vale ressaltar que as estimativas para o PIB brasileiro (Produto Interno Bruto, que representa a soma, em valores monetários, de todos os bens e serviços produzidos em determinado período no país) já estão bem melhores, mesmo entre os analistas mais pessimistas.
A Confederação Nacional da Indústria – CNI estima um crescimento de 2,6% no PIB do Brasil deste ano, sendo a estimativa ainda mais positiva para o incremento da Indústria, com o valor de 3%. Os investimentos para o aumento da capacidade produtiva do país devem ser de 4%, ainda segundo a mesma instituição.
Todos esses números revelam um potencial significativo para a geração de empregos e de renda para a população, tendo impactos positivos na redução do desemprego (para algo em torno de 11,8%) e no aumento do consumo (expandindo para 2,8% em 2018, frente a 1,3% em 2017).
Diante dessas estimativas já se verifica que muitos empresários estão retomando projetos de investimentos para ampliação e modernização de negócios existentes e implantação de novos empreendimentos.
A partir do momento que se inicia esse movimento positivo este tem o poder de alimentar um ciclo de crescimento virtuoso, levando a economia para um cenário melhor.
Ainda existe muita desconfiança sobre o ambiente político, podendo as ações políticas acelerar ou reduzir a velocidade da retomada econômica. Os investimentos que exigem volumes maiores de recursos e mais tempo para gerar seus resultados acabam sendo prejudicados pela incerteza sobre reformas importantes como a tributária e a previdenciária, pairando no ar uma grande dúvida se vão conseguir prosperar. Tais reformas dariam mais credibilidade sobre a capacidade de pagamento do governo e facilitariam o ambiente econômico.
Apesar das incertezas, o clima que se percebe entre os empresários, tanto através de pesquisas, quanto pelas conversas mantidas com representantes da classe, é muito melhor que o visto nos anos anteriores, gerando uma grande possibilidade de resultados significativamente positivos para a economia brasileira em 2018.