Queda na ocupação é bem mais acentuada nas regiões Nordeste e Norte


Thiago Oliveira e Ricardo Lacerda

A Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua, do IBGE, referente ao trimestre janeiro-março de 2017 registrou retração 1,7 milhão de pessoas ocupadas, na comparação com o mesmo período de 2016, equivalente a uma taxa de -1,9%.  Quase 2/3 das ocupações perdidas se concentraram na região Nordeste (1.073 mil pessoas). Em termos de taxas de crescimento, as regiões Nordeste e Norte apresentaram os piores resultados, com quedas respectivamente de 4,9% e 4,2% no total de pessoal ocupado. A região Centro-Oeste, por sua vez, apresentou o menor recuo na ocupação, com menos 9 mil pessoas ocupadas, ou -0,1%; a região Sudeste registrou queda de 0,5% e a região Sul, de 0,8%.

Brasil e regiões. Variação no Total de Pessoal Ocupado entre janeiro-março de 2017 e janeiro março de 2016.
Brasil e regiões Variação Absoluta Taxa de Crescimento em relação ao1º trimestre de 2016
Mil Pessoas Part. na Variação absoluta

(%)

Brasil -1.692 100,0 -1,9
Norte -298 17,6 -4,2
Nordeste -1.073 63,4 -4,9
Sudeste -195 11,5 -0,5
Sul -116 6,9 -0,8
Centro-Oeste -9 0,5 -0,1

Fonte: IBGE. Pnadc

Retração no emprego formal no setor privado também foi mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste – A retração do emprego com carteira assinada no setor privado foi de 1.225 mil pessoas,  na comparação entre janeiro-março de 2017 e os mesmo período de 2016, atingindo 3,5% do estoque desse tipo de vínculo, ritmo de queda ainda muito acentuado. As piores taxas de queda do emprego formal no setor privado foram as das regiões Norte (8,5%), Nordeste (5,5%) e Sudeste (3,6%). As regiões Sul e Sudeste apresentaram quedas menos acentuadas.

Brasil e regiões. Variação no Pessoal Empregado no setor privado com carteira de trabalho, entre janeiro-março de 2017 e janeiro março de 2016 (exclusive trabalhadores domésticos)
Brasil e regiões Variação Absoluta Taxa de Crescimento em relação ao1º trimestre de 2016 (%)
Mil Pessoas Part. na Variação absoluta

(%)

Brasil -1.225 100,00 -3,5
Norte -135 11,02 -8,4
Nordeste -313 25,55 -5,5
Sudeste -662 54,04 -3,6
Sul -94 7,67 -1,5
Centro-Oeste -21 1,71 -0,8

Fonte: IBGE. Pnadc

Anuário Brasileiro da Educação Básica 2017 – A publicação é uma consolidação de dados oficiais. Abrange vários indicadores educacionais nos três níveis de educação. A publicação completa é disponibilizada em: www.todospelaeducacao.org.br. A publicação foi feita no último dia 22 de maio com os dados consolidados de 2015. Para o ensino superior, a porcentagem de matrículas da população de 18 a 24 anos no ensino superior tem apresentado crescimento significativo nos últimos anos, passando de 11,1%, em 2003, para 18,1%, em 2015. As Regiões Norte e Nordeste apresentam média abaixo da nacional, mas também apresentaram crescimento significativo. A Região Nordeste passou de 5,9%, em 2003, para 14,1%, em 2015. Destaques para Paraíba (19,7%), Rio Grande do Norte (15,6%), Ceará (15,5%) e Sergipe (14,8%) que apresentam média acima da média regional.

Porcentagem de matrículas da população de 18 a 24 anos na Educação Superior

Nível Geográfico 2003 2007 2011 2015
Brasil 11,1 13,3 14,9 18,1
Sul 16,4 17 18,8 21,5
Sudeste 13,4 16,7 16,4 19,7
Centro-Oeste 12,5 16 20 22,8
Norte 6,7 9 110,8 14,6
Nordeste 5,9 7,7 10,8 14,1
      Maranhão 5 6,6 6,5 10,8
      Piauí 6,9 6,9 13,5 11,8
      Ceará 6,2 8,7 13,1 15,5
      Rio Grande do Norte 5,9 10,3 11,4 15,6
      Paraíba 7 8,3 15,8 19,7
      Pernambuco 5,9 7,6 10,2 15,2
      Alagoas 5,2 7 12,3 13,3
      Sergipe 7,9 10,3 14,2 14,8
      Bahia 5,4 6,9 8,8 12,6

Fonte: IBGE/Pnad – Elaboração: Todos Pela Educação

Porto do Itaqui no MA bate recorde com movimentação de soja em abril – O Porto do Itaqui registrou em abril recorde de movimentação de soja para um único mês, com 1,1 milhão de toneladas. No acumulado do quadrimestre (janeiro a abril) o aumento é de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, o que significa 464 mil toneladas a mais nesses primeiros quatro meses. A importação de fertilizantes também superou as expectativas no quadrimestre, com 48% a mais em relação ao mesmo período de 2016. Foram movimentadas 5,2 milhões de toneladas de cargas nesses quatro primeiros meses do ano, resultado 5% acima do planejado. No comparativo com o mesmo período de 2016, as operações com melhores resultados são a importação de fertilizantes, que subiu 49%; as exportações de celulose (+31%) e de soja (+19%). Esses números confirmam as previsões de forte crescimento na movimentação de grãos, sobretudo, em função da expectativa de safra recorde em vários estados produtores e consolidam o Itaqui como o principal porto para escoamento de grãos do Arco Norte do país. Também é esperada uma evolução na importação de derivados de petróleo, já que a Petrobras abriu o mercado para traders.

Valor da Cesta Básica nas capitais do Nordeste – Mensalmente o Dieese publica o valor da cesta básica nas capitais brasileiras. Para o mês de abril do corrente ano Aracaju apresentou cesta básica mais barata do Nordeste (R$ 363,87), representando 42,21% do salário mínimo vigente no mesmo período. Fortaleza, por sua vez, apresentou valor da cesta básica mais alta do Nordeste (R$ 423,08), consumindo 49,08% do salário mínimo.

Custo da cesta básica nas capitais do Nordeste

(abril de 2017)

Capital Valor da cesta Básica % do salário mínimo líquido
Fortaleza R$ 423,08 49,08%
Teresina R$ 397,30 46,09%
João Pessoa R$ 382,52 44,37%
Maceió R$ 374,63 43,46%
Natal R$ 368,86 42,79%
Recife R$ 368,74 42,78%
Salvador R$ 366,63 42,53%
São Luís R$ 365,57 42,41%
Aracaju R$ 363,87 42,21%

Fonte: Dieese

Suape registra novo recorde na movimentação de cargas – O Porto de Suape bateu novo recorde de cargas movimentadas em um único mês. Em abril deste ano, foram embarcadas e desembarcadas mais de 2,25 milhões de toneladas de mercadorias. O número supera a última melhor marca alcançada em junho do ano passado, quando passaram por Suape 1,92 milhões de toneladas. No quadrimestre, a movimentação alcançou 7,07 milhões de toneladas de cargas. O resultado gera um desempenho positivo no faturamento de Suape, que também bateu recorde em abril deste ano. Neste mês, foram contabilizados mais de R$ 14,23 milhões de toneladas.