Produção industrial do Nordeste cai 2,5% no primeiro trimestre


Thiago Oliveira e Ricardo Lacerda

O aumento no ritmo da produção industrial nacional no mês de março (quando comparado com o mesmo mês do ano anterior), série com ajuste sazonal, foi acompanhado por oito dos 14 locais pesquisados. A Região Nordeste e seus três estados pesquisados apresentaram variação negativa na produção industrial, se comparada com o mesmo período do ano anterior. O conjunto da região apresentou queda de 2,5%, sendo a Bahia (-4,3%), o estado a apresentar maior queda. No acumulado do ano a produção industrial nordestina apresentou retração, mas o estado de Pernambuco registrou crescimento superior a quatro pontos percentuais.

 Pesquisa Industrial Mensal – Março

 

Locais

Variação (%)
Mar 2017/ Fev 2017 Mar 2017/

Mar 2016

Acum Jan-mar Acumulado nos últimos 12 meses
BRASIL -1,8 1,1 0,6 -3,8
Região Nordeste 0,1 -2,5 -2,5 -2,5
        Ceará -3,1 -3,8 -2,2 -2,7
        Pernambuco 0 -0,8 4,2 -1,4
        Bahia 2 -4,3 -8,3 -7,8

Fonte: IBGE

 Inflação da RM de Fortaleza é de 8,34% em 2016. O IPCA, índice que mede a inflação no Brasil, é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos. Os preços foram coletados no período de 30 de março a 28 de abril de 2017 em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o mês de abril o índice nacional apresentou variação de 0,14% e, com isso, acumula alta de 1,10% no ano e 4,08% nos últimos doze meses. As Regiões Metropolitanas pesquisadas no Nordeste apresentaram características distintas. Enquanto a RM de Salvador apresentou uma retração de 0,22% e a RM de Fortaleza apresentou variação de apenas 0,08%, a RM de Recife acumulou alta de 0,49% no mês de abril.

IPCA- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo

Região Var. Mensal abril (%) Var. Acumulada no ano (%) Var. Acumulada em 12 meses (%)
Brasil 0,14 1,10 4,08
RM Fortaleza 0,08 1,66 5,86
RM Recife 0,49 1,61 5,37
RM Salvador -0,22 1,06 4,08

Fonte: IBGE

 Custo da Construção Civil de Sergipe segue como o mais baixo do Nordeste – O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE, apresentou variação de 0,15% em abril e, com isto, o ano de 2017 acumula alta de 1,18%. O custo nacional da construção, por metro quadrado ficou em R$ 1.039,54 em abril. Os valores da Região Nordeste apresentaram valores abaixo da média nacional e, em particular, o estado de Sergipe apresentou menor custo médio por metro quadrado do Brasil. O custo do metro quadrado em Sergipe foi de em R$ 910,36, cerca de 14% abaixo da média nacional. Paraíba tem o custo do metro quadrado mais caro do Nordeste, R$ 1.021,43.

Índice Nacional da Construção Civil

 

Área Geográfica

Custo médio Variação %
R$/m2 Abril No ano Em 12 meses
BRASIL 1.039,54 0,15 1,18 5,07
Região Sudeste 1.086,17 0,02 1,17 5,78
Região Sul 1.074,48 0,05 0,63 5,27
Região Centro-Oeste 1.042,27 0,02 0,43 4,93
Região Norte 1.052,37 0,01 1,3 4,12
Região Nordeste 964,77 0,47 1,7 4,38
           Maranhão 1.003,27 0,31 3,39 6,75
           Piauí 1.000,18 0,47 1,2 4,62
           Ceara 957,26 0,01 0,31 4,64
           Rio Grande do Norte 924,37 0,6 1,69 5,48
           Paraíba 1.021,43 2,63 2,7 5,37
           Pernambuco 957,11 0,01 2,33 5,68
           Alagoas 951,28 0,59 0,79 4,99
           Sergipe 910,36 0,04 0,69 0,81
           Bahia 949,83 0,53 1,35 2,01

Fonte: IBGE

Projeto de energia solar em Unidade Conservação na Paraíba é exemplo de boas práticas – O projeto de geração de energia fotovoltaica (solar) da Floresta Nacional (Flona) Restinga de Cabedelo, na região metropolitana de João Pessoa, litoral norte da Paraíba, produziu 12.289 KWh no mês de abril, informaram os gestores da unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A produção permitiu uma economia de R$ 8.357 nos gastos de energia da Flona e demais unidades instaladas no seu interior, onde também funciona a sede da Coordenação Regional 6 (CR 6) e UAAF do ICMBio, e evitou a emissão durante o mês de 5,8 toneladas de CO2, um dos principais gases do efeito estufa. Por decisão da UC, os dados passarão a ser publicados mensalmente com o objetivo de estreitar o contato da sociedade com as energias renováveis, além da divulgação dos dados, o sistema será aberto à visitação.

Pernambuco terá núcleo de inovação – Representantes do Porto Digital e da Agência Brasileira de Desenvolvimento da Indústria (ABDI) – ligada ao Ministério do Desenvolvimento se reuniram no intuito de, além de debater os problemas do setor de tecnologia industrial, firmar uma parceria entre o Porto Digital e a ABDI para criar um núcleo de produtividade e inovação – a Rede Nacional de Produtividade e Inovação (Renapi). O novo programa deverá apoiar e estimular aglomerações produtivas em ações voltadas ao desenvolvimento da indústria local.

Fontes renováveis representam 75% da matriz energética de AL – A localização estratégica de Alagoas e as condições naturais de sol, biomassa e água em abundância são fatores que possibilitam os avanços do segmento das fontes renováveis de energia. Em Alagoas 75% da matriz energética tem origem nas fontes renováveis, o número é quase o dobro da média do Brasil e cinco vezes maior do que o índice de países desenvolvidos

Turismo internacional no Rio Grande do Norte – O Rio Grande do Norte foi o único Estado nordestino a registrar crescimento no mercado internacional, segundo dados recentes divulgados pelo Ministério do Turismo. O crescimento foi de 12% em 2016, se comparado com o ano anterior. Equivale a um acréscimo de 3.261 turistas estrangeiros no Estado potiguar, saltando de 27.164 em 2015, para 30.425 registrados no ano passado. Vindos da Argentina, o número cresceu quase 150% entre 2015 e 2016. No total, apenas o mercado turístico internacional no Estado potiguar movimentou mais de R$ 80 milhões no ano de 2016, sendo R$ 8 milhões superior ao valor deixado pelo turista estrangeiro no Rio Grande do Norte em 2015.