Thiago Oliveira e Ricardo Lacerda
O leve aumento no ritmo da produção industrial nacional na passagem de outubro para novembro de 2016 (0,2%), série com ajuste sazonal, foi acompanhado por apenas cinco dos 14 locais pesquisados. Os avanços mais intensos ocorreram no Pará (6,6%), Minas Gerais (5,9%) e Amazonas (4,4%). A Região Nordeste e seus três estados pesquisados apresentaram variação negativa na produção industrial. O conjunto da região apresentou queda de 5,2% na comparação entre novembro e outubro de 2016. Na comparação entre novembro de 2016 e novembro de 2015, a produção industrial do Nordeste recuou 3,3%, bem acima da média nacional, que teve retração de 1,1%. No acumulado do ano, todavia, a produção industrial nordestina caiu menos do que a média nacional, 3,3% e 7,1%, respectivamente. O estado de Pernambuco tem sido especialmente atingido, com recuo de 10,8% da produção industrial no acumulado entre janeiro e novembro de 2016
Pesquisa Industrial Mensal-Novembro
Locais | Variação (%) | |||
Nov 2016/ out 2016 | Nov 2016/
nov 2015 |
Acum Jan-nov | Acumulado nos últimos 12 meses | |
BRASIL | 0,2 | -1,1 | -7,1 | -7,5 |
Região Nordeste | -5,2 | -3,3 | -3,4 | -3,5 |
Ceará | -1,9 | -4,4 | -4,8 | -5,6 |
Pernambuco | -4,9 | -6,4 | -10,8 | -11,1 |
Bahia | -2,1 | -5,4 | -4,7 | -4,6 |
Fonte: IBGE
CIMENTO, VESTUÁRIO, ALIMENTOS E PRODUTOS METALÚRGICOS LIDERAM A QUEDA NA PRODUÇÃO INDUSTRIAL DO NORDESTE – No acumulado janeiro-novembro de 2016, as atividades industriais nordestinas que tiveram piores desempenhos foram, por ordem, a produção de minerais não-metálicos (cimento), com retração de 19,2%, a fabricação de vestuário, -12,3% e produtos metalúrgicos e fabricação de alimentos, ambas com retração de 9,7%. No Ceará, a retração mais acentuada foi na fabricação de produtos de metal, de 31,6%; em Pernambuco, a fabricação de produtos têxteis, de 25,1% e de Alimentos, de 16,1%; e na Bahia, a fabricação de veículos automotivos, de 10,4%.
Pesquisa Industrial Mensal- segundo atividades- Acumulado Jan-Nov de 2016, em relação ao mesmo período do ano anterior (%)
Atividades | Nordeste | Ceará | Pernambuco | Bahia |
Indústria geral | -3,4 | -4,8 | -10,8 | -4,7 |
Alimentícios | -9,7 | -1,5 | -16,1 | 3,6 |
Bebidas | -2,5 | -14 | -2,8 | 8,5 |
Produtos têxteis | -6,8 | 26,2 | -25,1 | – |
Vestuário e acessórios | -12,3 | -14,5 | – | – |
Couros e calçados | 0,3 | -2,3 | – | 4,4 |
Celulose, papel e produtos de papel | 2,2 | – | 0,3 | 2,2 |
Coque, derivados do petróleo e de biocombustíveis | -0,2 | 14,2 | – | -9,7 |
Outros produtos químicos | -1 | -1,5 | -3,6 | 1,7 |
Borracha e de material plástico | -5,2 | – | -7,2 | -5,1 |
Minerais não-metálicos | -19,2 | -16,1 | -20 | -19 |
Metalurgia | -2 | -24,3 | -6,8 | 3,7 |
Produtos de metal | -9,7 | -31,6 | 4,7 | – |
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos | -6,2 | -0,1 | 10,5 | – |
Veículos automotores, reboques e carrocerias | 11,1 | – | – | -10,4 |
Fonte: IBGE
INFLAÇÃO DA RM DE FORTALEZA É DE 8,34% EM 2016 – O IPCA, índice que mede a inflação no Brasil, é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos. Os preços foram coletados no período de 1º a 29 de dezembro 2016 em dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para o mês de dezembro o índice nacional apresentou variação de 0,30% e, com isso, acumula alta de 6,29% no ano, ficando abaixo do valor acumulado em 2015 (10,67%) e 2014 (6,41%). As Regiões Metropolitanas pesquisadas no Nordeste apresentaram inflação acima da média nacional, tanto a mensal quanto a acumulada no ano, conforme tabela abaixo. Na região Metropolitana de Fortaleza o IPCA subiu 8,34% em 2016.
IPCA- Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
Região | Var. Mensal (%) dezembro | Var. Acumulada no ano (%) |
Brasil | 0,30 | 6,29 |
RM Fortaleza | 0,60 | 8,34 |
RM Recife | 0,43 | 7,10 |
RM Salvador | 0,32 | 6,72 |
Fonte: IBGE
CUSTO DA CONSTRUÇÃO CIVIL DE SERGIPE SEGUE COMO O MAIS BAIXO DO NORDESTE – O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), calculado pelo IBGE, apresentou variação de 0,49% em dezembro e, com isto, o ano de 2016 fechou em 6,64%. O custo nacional da construção, por metro quadrado ficou em R$ 1.027,30 em dezembro, sendo R$ 531,21 relativos aos materiais e R$ 496,09 à mão de obra. O resultado de 2016 registrou variação de 2,92% nos materiais, enquanto a parcela do custo referente aos gastos com mão de obra atingiu 10,89%. Os valores da Região Nordeste apresentaram valores abaixo da média nacional e, em particular, o estado de Sergipe apresentou menor custo médio por metro quadrado do Brasil. O custo do metro quadrado em Sergipe estava em R$ 904,14, cerca de 12% abaixo da média nacional. Paraíba tem o custo do metro quadrado mais caro do Nordeste, R$ 994,62.
Índice Nacional da Construção Civil
Área Geográfica |
Custo médio | Variação % | |
R$/m2 | dezembro | No ano | |
BRASIL | 1.027,3 | 0,49 | 6,64 |
Região Sudeste | 1.073,62 | 0,18 | 7,2 |
Região Sul | 1.067,7 | 2,09 | 6,78 |
Região Centro-Oeste | 1.037,84 | 0,46 | 6,37 |
Região Norte | 1.038,92 | 0,21 | 4,38 |
Região Nordeste | 948,71 | 0,31 | 6,6 |
Maranhão | 970,27 | -0,04 | 6,34 |
Piauí | 988,26 | 3,1 | 9,2 |
Ceara | 954,32 | 0,41 | 6,54 |
Rio Grande do Norte | 909,04 | 3,06 | 4,63 |
Paraíba | 994,62 | 0,07 | 6,48 |
Pernambuco | 935,26 | 0,41 | 8,96 |
Alagoas | 943,86 | 0,19 | 5,9 |
Sergipe | 904,19 | 0,01 | 4,66 |
Bahia | 937,28 | -0,51 | 5,63 |
Fonte: IBGE
CENTRO DE CONVENÇÕES EM BARRA DE SÃO MIGUEL (AL) – Alagoas contará com um novo Centro de Convenções que será construído no município de Barra de São Miguel. Já existe a ordem de serviço para início das obras do Centro de Convenções da Barra de São Miguel, empreendimento que deverá reduzir a sazonalidade no período de baixa temporada e impulsionar o Turismo de negócios e eventos na região. O novo Centro de Convenções de Alagoas conta com um investimento inicial de R$2 milhões voltados para a primeira fase das obras. O valor total é orçado em R$ 8 milhões.
VOO CÓRDOBA- MACEIÓ – O primeiro voo internacional vindo de Córdoba, na Argentina, chegou ao Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Maceió, no último domingo (08). Este será mais um voo semanal ligando a capital alagoana ao país. Alagoas já possui um voo semanal vindo de Buenos Aires (ARG), desde março de 2016. No ano passado, o estado recebeu 22 mil turistas estrangeiros, sendo 15 mil somente de argentinos, principal mercado emissor internacional para Alagoas.
CEARÁ DOBRA EXPORTAÇÃO DE PESCADOS EM DOIS ANOS – O setor pesqueiro cearense conseguiu uma significativa expansão em sua produção e operação comercial. De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), a produção de pescados exportados pelo Ceará obteve um incremento de 123% nos últimos dois anos. O levantamento considera peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos que chegaram a 4.500 toneladas (t) enviadas ao exterior no último ano. Em 2014, o volume registrado foi de 2.016 toneladas, aumentando para 2.594 t. em 2015. Com um novo crescimento através da diversificação dos produtos oferecidos, o total exportado chegou a 4.500 toneladas em 2016, o melhor resultado obtido nos últimos 9 anos. Movimentando um total de US$ 51,2 milhões em 2016, o setor pesqueiro é o oitavo maior na pauta de exportações do Estado. O principal produto da pauta de exportações do setor é a tradicional lagosta, com uma movimentação verificada de US$ 37 milhões em 2016. No último ano, os pescados cearenses chegaram a 31 países (Estados Unidos, Vietnã, Austrália, Taiwan, França, Japão, Espanha, Holanda, Cingapura, Itália, Emirados Árabes, China, Tailândia, Martinica, Portugal, Hong Kong, Grécia, Colômbia, Bélgica, República Dominicana, Coreia do Sul, Reino Unido, Suécia, Índia, Alemanha, Turquia, Indonésia, Sri Lanka, Israel, Hungria e Canadá).