Thiago Oliveira e Ricardo Lacerda
No mês de abri do corrente ano o Brasil consumiu aproximadamente 39,2 megawatts de energia elétrica, com cerca de 35,4% tendo sido consumido pela indústria. No ano, o consumo ultrapassa os 157 mil MWh. A região Nordeste é a terceira maior consumidora, tendo consumido 6,5 mil MWh em abril e 26,3 mil MWh no acumulado do ano, com aproximadamente 28,1% desse valor tendo sido consumido pela indústria.
Consumo de energia elétrica na rede (MWh)
Consumo Total | Consumo Industrial | |||
Abril | Acumulado no ano | Abril | Acumulado no ano | |
BRASIL | 39.167.405 | 157.440.451 | 13.899.921 | 54.049.381 |
Norte | 2.690.231 | 10.724.567 | 1.214.934 | 4.904.564 |
Nordeste | 6.501.209 | 26.335.522 | 1.772.045 | 7.401.404 |
Sudeste | 19.749.098 | 79.078.398 | 7.436.568 | 28.533.449 |
Sul | 7.254.851 | 29.783.923 | 2.766.074 | 10.407.457 |
Centro-Oeste | 2.972.016 | 11.518.041 | 710.300 | 2.802.506 |
Fonte: EPE
Chuva colabora para o aumento da produção de algodão na Bahia – No oeste da Bahia a safra de algodão já iniciou e as perspectivas são mais otimistas do que nos últimos anos. A área plantada de algodão na Bahia foi reduzida em 50% desde 2012. Contudo, esse ano a chuva bem distribuída contribuiu para o aumento da quantidade produzida de algodão. A Bahia colheu no ano passado 561,825 mil toneladas. Nessa safra, a produtividade esperada pela Associação Baiana de Produtores de Algodão, a Abapa, é 75% maior. Com o incremento na produtividade, os agricultores do oeste da Bahia esperam colher este ano cerca de 800 mil toneladas de algodão. Sendo que 40% disso é de pluma. O que representa a melhor safra dos últimos dez anos na Bahia. Os agricultores estão recebendo R$ 90,29 pela arroba de algodão, R$ 4 a mais que no ano passado.
Cresce movimentação no Porto de Pecém/CE – O crescimento até maio de 2017, quando comparado ao mesmo período do ano passado, foi de 92%. Nas importações, o incremento de 62%, saltou de 2.973.355 t, para 4.807.970 t, e nas exportações o montante praticamente quadruplicou, subindo de 398.375 t, para 1.661.401 t. O bom desempenho nas movimentações é resultado do crescimento apresentado em todos os segmentos de cargas que passam por Pecém: granel sólido (78%), carga solta (644%), container (24%) e granel liquido (14%). Entre os principais produtos movimentados na navegação de longo curso na importação estão o carvão mineral (2.134.963 t), gás natural (259.328 t) e produtos siderúrgicos (89.379 t), já nas exportações, os destaques são as placas de aço (1.172.369 t), gás natural (39.961 t), frutas (36.496 t), plásticos e suas obras (35.852 t) e água de coco (20.111 t). A cabotagem (movimentação entre portos do Brasil), também cresceu. Com 132% de incremento aconteceu principalmente por causa do desembarque de minério de ferro (1.588.938 t), produtos siderúrgicos (132.884 t), arroz (76.308 t), plásticos e suas obras (53.403 t), e embarques de farinha de trigo (52.817 t), sal (50.815 t), placas de aço (27.613 t) e cimentos (23.071 t).
Petrobras vai retomar obras na Refinaria Abreu e Lima – As obras de construção da carteira de enxofre da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, será retomada nas próximas semanas. A Petrobras assinou contrato com o Consórcio Conenge SC/ Possebon para a conclusão da Unidade de Tratamento de Águas Ácidas (UTAA) e da Unidade de Tratamento com Metildietanolamina (MDEA), e suas interligações. De acordo com a estatal, as obras permitirão que a operação do primeiro conjunto de unidades (Trem 1) da refinaria ocorra em plena carga de 115 mil barris de petróleo por dia (bpd). Desde o início da operação em 2014, o Trem 1 tem a carga de 100 mil bpd. A Petrobras informou que as duas unidades são responsáveis pelo tratamento dos líquidos e gases resultantes do processo de produção de combustíveis com baixo teor de poluentes, entre eles o Diesel S-10 [diesel com até 10 partes por milhão de enxofre]. Com isso, haverá geração de carga rica em enxofre para a Unidade de Abatimento de Emissões da refinaria, que produzirá, então, ácido sulfúrico, produto com várias aplicações industriais, como na produção de fertilizantes e no processamento de minérios.
Exportação da produção industrial nordestina cresce 35,8% no ano – As exportações de produtos industrializados nordestinos aumentaram 35,8% em 2017 até maio, em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos primeiros cinco meses do ano, as vendas da produção industrial para o exterior registram US$ 5,24 bilhões. Somados os produtos não-industrializados, as empresas da Região exportaram US$ 6,64 bilhões, valor 30,4% maior do que em 2016. Entre os industrializados, as exportações dos manufaturados somaram US$ 3,17 bilhões, o que aponta crescimento de 47,7%, em relação ao período de janeiro a maio do ano passado. As vendas de semimanufaturados para o exterior totalizam US$ 2,07 bilhões, aumento de 20,9%. As exportações de produtos básicos registram US$ 1,33 bilhão, 12,8% maiores do que no mesmo período de 2016. Até maio, a Região importou US$ 7,91 bilhões. O valor é 21,3% maior do que nos cinco primeiros meses de 2016. China, Estados Unidos e Argentina são os principais parceiros comerciais do Nordeste.