De acordo com o quadro de suprimentos do produto da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado no último mês de abril, o Brasil está produzindo menos carne bovina e mais carne suína e aviária. A produção de carne bovina tem estimativa de queda para este ano. Enquanto a produção em 2020 foi de 8.482,9 milhões de toneladas, espera-se que em 2021 o volume seja de 8.313,2 milhões.
Por outro lado, a estimativa para 2021 é de um novo recorde na produção de frangos e suínos, chegando a 14,76 milhões de toneladas e 4,35 milhões de toneladas, respectivamente. Estes números significam uma ligeira alta em relação ao que foi produzido em 2020.
Os números da Companhia Nacional de Abastecimento acompanham o cenário verificado pela Pesquisa de Abates de Animais divulgada trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostrou uma queda de 8,5% no abate de bovinos em 2020, enquanto de frangos e suínos atingiram os maiores níveis, totalizando novos recordes de seis bilhões e 49,3 milhões de abates, respectivamente.
A disponibilidade percapita de carnes, que é a quantidade de quilos que é produzido por ano por habitante, no Brasil, deverá ser, em 2021, de 49,7 quilos de frango, 26,4 quilos de boi e 15,4 quilos de porco.
Exportação
Segundo relatório da Conab, apesar da disponibilidade interna total de carnes poder sofrer uma pequena redução em 2021, as exportações devem apresentar uma alta modesta no comparativo com o ano anterior. Espera-se um aumento de 0,05% na exportação de aves, 2% na exportação de bovinos e 5% na de suínos. Esta crescente vem sendo observada desde 2018 e o advento da pandemia não causou recuo nas exportações desses itens.
Caso as projeções da Conab se concretizem, no comparativo com 2018, isso irá significar um aumento de 3,17% nas exportações de aves, 25% nas de carne bovina e 65% nas de carne suína.
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